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Manuel Alegre: “Portugal está a ser de novo pioneiro na História ao bater o pé à entrada …

Manuel Alegre: “Portugal está a ser de novo pioneiro na História ao bater o pé à entrada …

O candidato presidencial Manuel Alegre fez hoje uma defesa veemente da ação do Governo, considerando que Portugal está a ser de novo “pioneiro” na História ao “bater o pé” à entrada do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No comício de Coimbra, no Teatro Académico de Gil Vicente, Alegre sustentou que Portugal já foi várias vezes pioneiro na História, “quando as naus portuguesas partiram para o mar desconhecido”.
“Fomos Europa antes de a Europa o ser, não temos que ter complexos de inferioridade, não temos que ter complexos de bons alunos. Tivemos uma das primeiras revoluções liberais, uma das primeiras repúblicas e, quando se fez o 25 de abril, foi também um movimento pioneiro, precursor, que abriu caminho à nova vaga democrática”, disse.
Agora, segundo Alegre, “podemos ser de novo pioneiros, precursores – estamos a sê-lo resistindo ao FMI, batendo o pé ao FMI e àqueles que de fora e cá dentro o querem cá”.
“O caminho é dizer aos senhores que mandam no mundo e que querem mandar na Europa que esse não é o caminho”, declarou.
O presidente do PS, Almeida Santos, também discursou em Coimbra e afirmou que na primeira volta “contam os votos de todos os candidatos de esquerda” para uma segunda volta, alertando que “não votar ou votar em branco, é dar meio voto a Cavaco Silva”.
No seu discurso, Almeida Santos garantiu que não pede “o voto A ou o voto B a nenhum português” mas recordou que na primeira volta “contam os votos de todos os candidatos de esquerda para perfazer os 50,1 por cento para Cavaco Silva ser obrigado a ir à segunda volta”.
O presidente do PS recusou “os derrotismos nas hostes socialistas”, afirmando que a esquerda tem “candidatos suficientes para obrigar Cavaco Silva a ir a uma segunda volta”.
“Cada voto em branco ou mesmo cada não voto, na primeira volta, representa meio voto para Cavaco Silva”, alertou.
Segundo Almeida Santos, “há muitos socialistas para votar em Alegre – também outro partido o apoia – e há muitos portugueses que, não sendo socialistas, vão votar” no candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda.
“Na primeira volta todos os votos dos candidatos de esquerda contam; na segunda só contam os do candidato de esquerda e do candidato de direita”, relembrou.
O presidente do PS, Almeida Santos, disse ainda, que Portugal precisa de um outro Presidente da República, que seja o “negativo” de Cavaco Silva em termos económicos e políticos, condenando o seu conservadorismo, neoliberalismo e silêncio.
Também em Coimbra, o líder do PS/Coimbra, Mário Ruivo, disse que Cavaco Silva é “a lebre” de quem deseja eleições legislativas antecipadas, enquanto que o “histórico” socialista António Arnaut considerou que o atual Presidente da República nada fez pela democracia.
“A democracia foi oferecida a Cavaco Silva. Ele nunca fez nada pela democracia”, declarou António Arnaut.