“Era a justa homenagem que podíamos fazer a um dos nossos maiores, a um lutador pela liberdade e pela igualdade, um farol do socialismo democrático para todos nós”, salientou o líder socialista.
A proposta do histórico socialista para o cargo partiu da iniciativa do Secretário-Geral, Pedro Nuno Santos, e do presidente do PS, Carlos César, tendo merecido a aprovação de mais de 95% dos votos expressos pelos membros do principal orgão entre congressos.
A designação de presidente honorário foi antes atribuída aos fundadores do partido Manuel Tito de Morais, António Macedo e António Arnaut, assim como ao antigo presidente da Assembleia da República António de Almeida Santos.
Com um longo percurso político, o escritor e poeta Manuel Alegre, de 87 anos, teve papel de destaque na luta contra o regime do Estado Novo, tendo sido deputado eleito pelo PS à Assembleia Constituinte, em 1975, e deputado em várias legislaturas, ao longo de 34 anos.
Eleito vice-presidente da Assembleia da República em 1995, Manuel Alegre foi também, por duas vezes, candidato à Presidência da República e é atualmente membro do Conselho de Estado.
Eleição do Secretariado Nacional e da Comissão Política
A Comissão Nacional do PS aprovou também, em Coimbra, a proposta do Secretário-Geral para a composição do Secretariado Nacional, assim como a lista única para a Comissão Política Nacional, ambas com votações na ordem dos 92%. Foi ainda aprovada a eleição de Porfírio Silva como diretor do Ação Socialista, o jornal oficial do partido, sucedendo no cargo a Edite Estrela.