Malhôa Inédito, de Rui Calisto

A obra resulta de uma cuidada investigação sobre a vida e a obra pictórica de José Malhôa, que prevê ainda, além do livro agora editado, mais quatro títulos que se encontram em preparo e que fazem do escritor, Rui Calisto, o maior investigador atual sobre o homem e o artista.
Trata-se, nas palavras do autor, “de um estudo que aborda a genealogia de José Malhôa, contendo, inclusive, a revelação de um irmão desconhecido do pintor, além de manifestar a necessidade da criação do ‘Centro de Documentação José Malhôa’, fundamental para o resgate e a preservação do nome e do património do seu patrono, bem como uma grande nota explicativa acerca da necessidade de se resgatar a documentação inédita de e sobre o pintor, que está espalhada por Portugal e Brasil.”
José Malhôa, membro do Grupo do Leão e o grande representante do naturalismo em Portugal, nasceu em Caldas da Rainha, a 28 de abril de 1855, tendo começado desde muito cedo a mostrar a sua genialidade artística, ingressando na Real Academia de Belas Artes, em Lisboa, com apenas 12 anos de idade.
Realizou várias exposições internacionais ao longo da sua vida, das quais ficou célebre a do Rio Janeiro, no ano de 1906, onde todas as telas expostas encontraram comprador.
No ano da sua morte (1933) dá-se início, na cidade de Caldas da Rainha, à construção do primeiro edifício português destinado, na sua origem, a funcionar como espaço museológico: O Museu José Malhôa, que, embora possuísse obras da autoria de outros artistas, não deixou de ser uma homenagem, pensada por António Montês, ao pintor.