Mais portugueses no estrangeiro vão poder votar nas europeias
“Na noite das eleições, a minha expectativa é de que haja um maior número de votantes do que nas últimas eleições, quer nas últimas europeias, quer nas últimas legislativas, quer nas últimas presidenciais”, disse José Luís Carneiro, referindo haver duas formas de olhar para a realidade.
“Olharmos para os números da abstenção, ou da participação. Eu vou pôr os meus olhos nos números dos que foram votar e que antes não tinham condições para isso”, salientou o secretário de Estado, que participou em duas sessões da iniciativa ‘Diálogos com as Comunidades’, em Estugarda e em Dusseldorf.
Com o recenseamento automático, o número de portugueses a residir no estrangeiro que vai poder votar já nas próximas eleições europeias, passa de 318 mil cidadãos para mais de 1 milhão e 450 mil. Recorde-se que em 2015, nas legislativas de outubro, votaram cerca de 28 mil e 300 portugueses a viver fora do país.
Além do aumento do número de recenseados, as mudanças na lei eleitoral preveem, por exemplo, que cidadãos com dupla nacionalidade possam ser candidatos à Assembleia da República.
“Significa dar mais direitos políticos aos cidadãos portugueses que estão no estrangeiro e garantir outra vinculação entre portugueses no estrangeiro e Portugal”, sublinhou José Luís Carneiro.
A iniciativa ‘Diálogos com as Comunidades’, começou em Bruxelas, na Bélgica, em 2016, tendo já passado por países como França e Luxemburgo, e as cidades alemãs de Berlim e Frankfurt.
“Tinha ido a uma parte da Alemanha, mas a minha agenda não me permitiu visitar Dusseldorf. Comprometi-me, na altura, a realizar aqui uma sessão dos ‘Diálogos com a Comunidade”, porque nesta jurisdição é onde se encontra talvez o maior número de portugueses na Alemanha. Vim para cumprir um compromisso que tinha assumido”, assinalou José Luís Carneiro.
O governante destacou ainda, de entre os objetivos desta visita, “garantir a mobilização dos portugueses para os atos eleitorais”, frisando que os cidadãos a residir no estrangeiro, “passam a ter outra força política e uma outra capacidade para reivindicar junto do seu país respostas para os problemas que os inquietam”.