Sob o lema ‘Mais Lisboa’, Fernando Medina apresentou ontem na Estufa Fria a sua recandidatura à liderança do município para os próximos quatro anos, tendo anunciado como uma das bandeiras eleitorais tornar as creches gratuitas para “as famílias jovens da classe média” que residam na cidade, uma medida que o autarca do PS garante que será executada e concluída “até ao final do mandato”. Ao contrário de outros, disse a este propósito Fernando Medina, “nós não achamos natural que os jovens e as classes médias que aqui trabalham tenham que ir viver para longe de Lisboa”.
Outro dos pontos tratados pelo candidato socialista teve a ver com a questão da habitação, um tema sobre o qual Fernando Medida disse ter a ambição de o ver sustentadamente resolvido na cidade de Lisboa dentro de poucos anos, com mais e melhor habitação “para os jovens e para os trabalhadores das classes médias” e a preços que possam estar “verdadeiramente” ao alcance das suas bolsas, e a área metropolitana “com uma rede eficaz de transporte coletivo pesado e amigo do ambiente, reduzindo os grandes movimentos pendulares de automóvel”.
No que respeita à habitação e porque a CML, como garantiu Fernando Medina, não tem estado de braços cruzados, só neste mandato “mais de mil jovens famílias” passaram a poder viver na cidade e a ter uma casa com renda acessível, lembrando que nos próximos meses “muitas centenas de outros fogos estarão em condições de serem atribuídos a outras novas famílias”. Ou seja, como acrescentou, rendas acessíveis, creches gratuitas e passe único, “é este o nosso programa e o nosso compromisso”.
Mobilidade
Nesta cerimónia de apresentação da sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, iniciativa que contou com a destacada presença do Secretário-geral socialista, António Costa, o autarca lembrou que a edilidade liderou há quatro anos o processo de uma “profunda transformação” em matéria de mobilidade na cidade, garantindo que o objetivo é de continuar o trabalho, designadamente assegurando a autarquia o apoio necessário ao Estado na concretização do “maior programa de expansão do Metropolitano de Lisboa em décadas”, quer na “linha circular, quer também na expensão da linha vermelha de São Sebastião até Alcântara”.
Ainda sobre mobilidade, a Câmara Municipal de Lisboa, e de acordo com Fernando Medina, irá em breve estender a sua contribuição e ajuda ao Governo no arranque das obras do metro de superfície para Oeiras e para Loures, bem como apoiar o Executivo no “ambicioso programa de aquisição de 60 novas composições para a ferrovia na Área Metropolitana”.
Quanto à Carris, que atualmente é gerida pelo município, o candidato socialista garantiu que o trabalho de modernização e de descarbonização da empresa “vai continuar”, designadamente com novas apostas na aquisição de mais “20 novos elétricos e de novas aquisições de autocarros elétricos”, referindo ainda que também se concluirá no próximo mandato a “construção da rede clicável de Lisboa”.
Finalmente, Fernando Medina referiu-se ainda ao “trabalho ambicioso” que tem sido feito pela autarquia em matéria de qualificação do espaço público, nomeadamente com o arranque do programa uma ‘Praça em cada Bairro’, defendendo que uma cidade que se mobilizou contra a pandemia é a mesma cidade que “tem a obrigação moral de se mobilizar contra as mortes causadas pela poluição”, mas também para lutar pela “redução da incidência de doenças como as cardiovasculares ou diabetes”.
Resposta à pandemia
Fernando Medina falou ainda do pacote que o município está a promover para que haja em Lisboa um turismo “sustentável e de qualidade”, defendendo que o importante é que se consiga “preservar o nosso destino e evitar que no pós-pandemia se intensifiquem as pressões para a massificação e a baixa dos preços”.
Para o autarca e recandidato à liderança da capital, as prioridades enunciadas não colocam, contudo, num plano acessório o facto de o país e a cidade de Lisboa estarem neste momento confrontados com uma quarta vaga da pandemia de Covid-19, prometendo que o município, sobre esta matéria, não só não baixará os braços, como continuará a promover a “testagem em massa e a apoiar a aceleração da vacinação”, sem descurar o “auxílio aos mais necessitados, à economia e ao emprego”.