Mais de 90% das habitações afetadas em Pedrogão já em obra ou concluídas
Ao participar na sessão de entrega das chaves da nova casa a sete famílias desalojadas, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas adiantou que mais de 90% das primeiras habitações afetadas pelo grande incêndio de Pedrógão Grande estão em obras ou concluídas.
No caso dos fogos que fustigaram a região Centro de Portugal em inícios do outono do ano passado, Pedro Marques garantiu que cerca de 30% das casas estão concluídas.
Das 265 casas de primeira habitação afetadas pelo grande incêndio de junho do ano passado, “mais de metade estão concluídas”, declarou, acrescentando que, no que diz respeito aos incêndios de outubro, onde há mais de 1.000 casas de primeira habitação afetadas, um terço já estão “concluídas ou em processo de obra”.
Ao todo, indicou Marques, há cerca de “800 casas em obras ou concluídas” nas regiões afetadas pelos incêndios de 2017, havendo cerca de 1.400 casas “dos vários incêndios em que foi pedido apoio para reconstrução”.
Sobre os tempos de execução das obras, Pedro Marques recordou que é preciso prudência no uso de dinheiros públicos ou provenientes da solidariedade dos portugueses.
“Algumas coisas que as pessoas consideram burocracia eu tenho que pedir que compreendam que é o rigor necessário para atribuir os apoios”, enfatizou, referindo que, face à extensão das casas afetadas em outubro, foi necessário avançar com empreitadas que integram a reconstrução de várias habitações.
10 ME para segundas habitações
Na sua deslocação ao distrito de Leiria, o governante anunciou também que o Executivo socialista está neste momento a estudar a implementação de um mecanismo de financiamento de cerca de dez milhões de euros, visando dotar de recursos o poder local que apoie a recuperação de segundas habitações afetadas pelos fogos.
“O Governo comprometeu-se e está a diligenciar um mecanismo de financiamento às autarquias, de cerca de dez milhões de euros, para que, querendo, estas possam apoiar alguma recuperação dessas habitações”, afirmou Pedro Marques, apontando que esta medida deverá entrar em vigor ainda durante o primeiro semestre de 2018.
Mas, ressalvou, “a prioridade do Governo é mobilizar o dinheiro para aqueles que não tinham mais nenhuma casa”.
Questionado sobre a possibilidade de implementação de uma espécie de programa Polis para a reabilitação urbana de aldeias quando autarcas falam no risco de se criarem “aldeias-fantasma”, o titular da pasta do Planeamento e Infraestruturas recordou que o país está em fase de reprogramação do Portugal 2020.
“Há muito trabalho a fazer com as autarquias”, sublinhou, clarificando que o Governo liderado por António Costa mantém as baterias apontadas para a resiliência dos territórios afetados e para a sustentabilidade e diversificação económica da região.