Portugal precisa de uma maioria que garanta diálogo e governabilidade
Durante o almoço-debate promovido pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) na antiga FIL (Feira Industrial de Lisboa), António Costa voltou a insistir na necessidade de vencer as próximas eleições com uma maioria que garanta diálogo e governabilidade no país.
“Temos de criar condições de estabilidade para os parceiros sociais e para os agentes económicos. Precisamos de novas formas de governação e diálogo político, acabando com esta permanente lógica de confrontação”, disse o líder do PS, explicando que os compromissos são alcançados mais facilmente em posição de maioria no Governo do que em minoria.
Ao considerar essencial uma maioria do PS nas próximas eleições legislativas, o líder socialista pegou na experiência que teve enquanto presidente da Câmara de Lisboa ao longo de oito anos.
“Em minoria, não consegui acordo nenhum. Em maioria, consegui todos os compromissos que pretendia”, recordou, comprometendo-se a promover, no Governo, o “diálogo político” e a “concertação estratégica”.
Na sua intervenção, António Costa falou também em estabilidade fiscal, estabilidade na definição dos grandes projetos de infraestruturas e numa prioridade à simplificação administrativa, tendo em vista a redução dos custos de contexto das empresas.
“Para vencermos a estagnação estrutural, temos de ter políticas de médio prazo que visem a inovação e o conhecimento, a modernização do Estado e a valorização dos nossos recursos. Mas, para essas políticas terem sucesso, tem de haver uma estabilidade suportada num acordo de concertação social estratégico, tendo como base compromissos políticos alargados”, vincou.
De seguida, garantiu que o PS se apresenta nestas eleições não apenas com discursos, mas com “um programa em que está feita a avaliação do seu custo e do seu impacto”.
“São compromissos com as contas feitas e com as contas escrutinadas”, concluiu.