“Maioria do povo português de acordo com as nossas propostas”

António José Seguro reafirmou que o PS esteve nas negociações com os partidos da coligação “de boa-fé”, uma vez que “estava em causa o país”, e garantiu que o PS vai “lutar pelas suas ideias”.

“Como poderíamos ter recusado, se era o nosso país que estava em causa?”, questionou, sublinhando que o PS “fez tudo, mas tudo, para chegar a um compromisso” pedido por Cavaco Silva.

Porém, o PS, ao participar no diálogo, “não era para aceitar um acordo qualquer”, explicou o líder socialista numa intervenção na vila de Penacova, distrito de Coimbra, onde o Partido Socialista do distrito comemorou hoje o Dia da Federação com um almoço de militantes.

“Não é por não se ter chegado a um compromisso que o Partido Socialista agora deixa de lutar pelas suas ideias, pelas suas propostas. Vamos continuar a lutar. Sabemos que não temos os votos suficientes na Assembleia da República para o fazer, mas temos a maioria do povo português de acordo com as nossas ideias e com as nossas propostas”, garantiu.

“Há uma proposta que corresponde à política de austeridade, que não resolveu nenhum problema no nosso país, nem de défice, nem de dívida, bem pelo contrário”, criticou, referindo-se aos dois anos de Governo de coligação PSD/CDS.

O PS alertou, “desde o início, que o caminho que o Governo tinha escolhido era um caminho errado, que conduzia ao empobrecimento”, lembrou.

“Nestes dois anos, não ficámos de braços cruzados a protestar, não ficámos à espera de quanto pior melhor, bem pelo contrário. Fomos uma oposição responsável e construtiva”, apontou.

E, na última semana, sublinhou, “em nome do interesse nacional dissemos ‘sim’ ao Presidente da República, quando propôs um diálogo” com os partidos políticos.