Em conferência de imprensa, na noite de domingo, na sede nacional do partido, em Lisboa, João Torres começou por saudar os madeirenses e porto-santenses que exerceram o seu direito de voto, manifestando, contudo, preocupação pela percentagem elevada de abstenção.
Depois de ter informado já ter endereçado, em nome do PS, uma felicitação ao presidente da coligação PSD/CDS-PP, Miguel Albuquerque, pela sua vitória eleitoral, o ‘número dois’ da direção socialista dirigiu-se ao presidente do PS/Madeira, Sérgio Gonçalves, e a todos os candidatos, dirigentes e militantes socialistas, saudando-os “pelo trabalho e pelo empenhamento” demonstrado ao longo desta campanha e dos últimos meses.
“Há uma tendência de crescimento ao longo dos últimos anos, que teve um dado adicional em 2019 com uma subida muito substancial face a 2015. O resultado que o PS hoje alcançou na Madeira está acima da média dos resultados do PS ao longo da democracia portuguesa”, observou, sem deixar de reconhecer que ficou “aquém do que os socialistas desejariam”, depois do “seu melhor resultado de sempre em eleições regionais na Madeira” em 2019.
Para João Torres, é também um dado claro que o PS “não confunde eleições”, dirigindo uma crítica implícita a quem se tentou apropriar das escolhas dos madeirenses e porto-santenses.
“Pretender interpretar os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira à luz da política nacional é não compreender e não entender a importância e o significado das autonomias regionais na República Portuguesa”, afirmou.
No mesmo sentido, prosseguiu o Secretário-Geral Adjunto, o resultado eleitoral deste domingo em nada determina o “compromisso inabalável” do Partido Socialista para com as autonomias regionais, que “o PS reconhece e respeita profundamente”. “Os madeirenses e porto-santenses poderão, sempre, continuar a contar com o PS”, concluiu João Torres.