Na ocasião, o líder dos socialistas madeirenses reiterou que o presidente do PSD/Madeira e do Governo Regional, Miguel Albuquerque, é o único responsável pela situação política que esta região autónoma atravessa há cerca de ano e meio, sustentando que a tão aguardada e desejada mudança de ciclo só acontecerá com uma solução governativa liderada pelo Partido Socialista.
Neste arranque de 2025, Paulo Cafôfo tem vincado sistematicamente a importância de construir estabilidade política na Região, garantindo que a maioria dos eleitores quer um novo governo capaz de fazer a diferença e transformar a vida das populações.
Nas diversas iniciativas destes primeiros dias de janeiro, o líder da estrutura regional do PS tem feito renovados apelos ao “otimismo das gentes da Madeira e do Porto Santo”, no sentido de “fazer com que este novo ano seja de mudança e de esperança no futuro”.
Criticando o facto de a Madeira ter um Governo rico, sem que isso tenha um impacto positivo na vida dos residentes, Paulo Cafôfo não tem medido esforços para expor os problemas que se agravam neste arquipélago, nem “as enormes desigualdades” que subsistem na região do país com os salários médios mais baixos.
Entre os desígnios de um novo ciclo político encetado pelo PS, Cafôfo tem colocado a tónica no combate à pobreza, no resgate do sistema regional de saúde, na reorganização da área social e no aumento dos rendimentos das famílias, dando particular atenção às atividades agrícola e pesqueira.
Outros compromissos assumidos por Cafôfo passam por um urgente reforço do investimento na educação e na habitação públicas, bem como por uma aposta estratégica em inovação, tecnologias, empreendedorismo e diversificação económica.
O objetivo, explicou, é “garantir empregos melhor remunerados, o alívio da carga fiscal sobre as famílias e dar esperança à juventude que quer ficar na sua terra”.
A par da apresentação de propostas, Paulo Cafôfo tem deixado denúncias e preocupações, avisando que Miguel Albuquerque se prepara para travar propositadamente o desenvolvimento da Madeira com o intuito de retirar dividendos eleitorais, numa postura que, reclamou, “os madeirenses não podem mais tolerar”.
Depois de o presidente do executivo regional ter voltado a ameaçar com a paragem das obras do novo hospital já em maio, Cafôfo condenou esta “nova sabotagem à Região”, que descreveu como “o terrorismo político que Albuquerque continua a fazer sobre os madeirenses”.
Juntar a Saúde ao Social
Perante um momento particularmente crítico para o setor da saúde na Madeira, marcado pelo aumento das listas de espera, falta de medicamentos nas farmácias hospitalares e pelo amontoamento de doentes nas urgências, aguardando vagas para internamentos ocupadas por um número recorde de altas problemáticas, Paulo Cafôfo tem vindo a público reivindicar a necessidade de proceder a uma reorganização do Sistema Regional de Saúde.
“O remédio para a Saúde será a Madeira ter um novo governo”, frisou o dirigente socialista, apontando que o problema das “urgências entupidas” exige uma nova forma de organizar o sistema de saúde regional, “começando pela própria orgânica do Governo”.
“Com um Governo do PS, iremos juntar a área da Saúde à área Social, porque faz todo o sentido esta intercomunicabilidade em duas áreas que se tocam e que são fundamentais para os madeirenses”, adiantou, focando também o facto de as urgências acabarem por ser a porta de entrada no serviço de saúde, quando deviam ser o último recurso.
“Isto acontece porque o sistema falha na base, que são os cuidados primários, mas também nas próprias consultas de especialidade”, apontou, reafirmando que a Saúde será uma prioridade para um Governo do PS.
Melhorar os rendimentos dos agricultores madeirenses
Outra das bandeiras do presidente do PS/Madeira é a valorização dos produtos regionais e a melhoria dos rendimentos dos agricultores madeirenses.
“Já é tempo de os agricultores deixarem de ter um rendimento de miséria”, declarou Paulo Cafôfo, durante uma iniciativa recente na qual criticou a atuação do Governo Regional no que diz respeito ao setor, sublinhando ser preciso dar valor a quem se dedica a esta atividade, porque “quem trabalha na agricultura não tem de ser pobre ou escravo”.
Segundo o presidente dos PS/Madeira, “é hora de ajudar os pequenos produtores, seja através do apoio à produção, seja, igualmente, através da aquisição dos produtos regionais”.
“Esta seria uma forma de incentivar diretamente os agricultores, mas também de contribuir para a dinâmica do setor, valorizando a produção regional e aumentando o rendimento de quem trabalha a terra”, concluiu.