Macau é um ponto de encontro entre vários mundos – António Costa

O primeiro-ministro português, António Costa, considera que Macau “é um ponto de encontro entre vários mundos. Não apenas entre o Ocidente e o Oriente, a Europa e a Ásia, mas igualmente entre a China e o mundo de língua portuguesa”. Numa mensagem sobre os “20 anos da retrocessão da soberania de Macau para a China”, enviada à Agência Lusa, o Chefe de Governo português destaca o “princípio ‘um país, dois sistemas’ que “tem permitido a Macau” assegurar o respeito das suas especificidades e manter um nível de “desenvolvimento material e social digno de apreço, contribuindo para a manutenção das especificidades de Macau, o que valoriza Macau, mas também a própria China e a nossa relação com Macau e Pequim em todas as suas dimensões”.

“Portugal tem um posicionamento geoestratégico único e uma pertença a espaços de cooperação mais vastos que potenciam as suas parcerias”, acrescenta António Costa nesta mensagem, considerando que, “nessa rede complexa de relacionamentos, Macau continuará a desempenhar um papel de relevo enquanto ponte para promover as relações de amizade de longo prazo” entre Lisboa e Pequim.

Sobre o processo de transferência da administração do território, António Costa afirma que “decorreu de forma muito construtiva e que constitui um marco histórico na consolidação da relação de amizade e de confiança” entre os dois países, ajudando a consolidar Macau como “plataforma para a cooperação económica, comercial e cultural com os países de língua portuguesa”.

Finalmente, o Primeiro-Ministro sublinhou a dimensão cultural do território, dando nota de que “a preservação da herança cultural representa uma oportunidade para ambos os espaços. A formação em língua portuguesa em Macau é estratégica para Portugal e para a própria Região Administrativa Especial de Macau”, afirma Costa, saudando o executivo local pelos esforços de “generalizar o ensino” do idioma e de promover “formação de quadros bilingues”. Macau assinala na sexta-feira os 20 anos da transferência de poder de Portugal para a China e a tomada de posse do novo Governo liderado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, com destaque para a presença do Presidente Chinês, Xi Jinping.