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Luta inacabada pela liberdade e igualdade continua em Portugal e na Europa

Luta inacabada pela liberdade e igualdade continua em Portugal e na Europa

No próximo dia 9 de junho, estarão em confronto, nas urnas, as visões distintas que PS e AD têm da sociedade, alertou, ontem, Pedro Nuno Santos, no primeiro comício de campanha para as Europeias, ocasião em que voltou a deixar claro que “ser socialista ou ser outra coisa qualquer à direita não é a mesma coisa”.

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Na Incrível Almadense, ao discursar perante uma vasta assistência em que se destacaram diferentes rostos do partido como a candidata Ana Catarina Mendes e os ainda eurodeputados Margarida Marques e Pedro Silva Pereira, o Secretário-Geral do PS voltou a evidenciar as “diferenças enormes” que separam as duas principais forças políticas no país.

“Nós nunca governaremos para a minoria, nós governamos para a esmagadora maioria do povo. São estas duas visões da sociedade que se confrontam nestas eleições também”, apontou, indicando estarem realmente em causa no próximo sufrágio “duas visões da sociedade, da família, da mulher e do seu papel na sociedade, do desenvolvimento europeu e do lugar de Portugal na Europa”.

“São duas formas de olharmos para a governação, são duas formas de olharmos para os homens e para as mulheres, são duas formas diferentes de olharmos para os portugueses, para os europeus, são duas formas diferentes de estar na vida”, pontualizou, alertando para a importância que esta campanha para as europeias que recém começou oficialmente tem “para Portugal, para a Europa, para a igualdade e para a liberdade”.

O líder socialista disse, na Incrível Almadense, “lugar onde se cantava a liberdade e a igualdade quando ainda havia ditadura lá fora”, que a luta por elas não terminou naquele mês de abril, há 50 anos.

“Não terminou em 1974, ela continua em Portugal, na Europa, ela passa pela Ucrânia e ela passa por Gaza”, frisou, instando a prosseguir “uma batalha inacabada” porque “é preciso travar qualquer tentativa de retrocesso”.

Marta é temível na rua

Pedro Nuno Santos, que no início da sua intervenção enalteceu o facto de o PS contar com “grandes mulheres, que demonstram muito orgulho no papel da mulher na sociedade portuguesa e na política”, referiu e excelente relação que a cabeça de lista socialista ao Parlamento Europeu tem sabido manter com as pessoas ao longo do tempo.

“A Marta [Temido] tem-nos representado tão bem, é a maior, a mais alta das candidatas”, destacou o líder do Partido Socialista, assinalando que esta relação da candidata com o povo português “não foi do nada” que se construiu.

“Marta Temido é temível na rua” e isto “é fruto do trabalho dela” num contexto difícil como foi o da pandemia que “os portugueses não esquecem”, afirmou o líder do PS, para depois criticar o governo de direita por estar “em campanha permanente”.

Habitação e simulação de diálogo

“Temos um governo em Portugal que combate intensamente o executivo anterior, mas que está também em permanente campanha. Um governo que faz vários Conselhos de Ministros por semana, nunca sabemos se de manhã, se à tarde, se é na segunda-feira, se na quarta-feira”, sinalizou, considerando que os motivos pelos quais “sai um Conselho de Ministros” do executivo do PSD/CDS-PP são diversos: “quando são criticados por não estarem a controlar a agenda e por estarem a ser ultrapassados pelo partido da oposição, quando há uma sondagem que não lhes é agradável, quando o PS tem um agendamento no Parlamento para apresentar e aprovar uma medida ou quando o cabeça de lista da AD às europeias tem uma má performance na televisão”.

Criticou depois o executivo liderado por Luís Montenegro por, “sem estratégia, sem visão e sem coerência”, se limitar a ir apresentando “medidas que que já foram tomadas ou iniciadas pelo governo anterior, mas que apresenta como suas”, como é o caso das que foram anunciadas ontem para a habitação.

“O diálogo [com os partidos] foi uma simulação”, denunciou então Pedro Nuno Santos, condenando a ótica eleitoralista do governo da AD, segundo a qual “o importante era mesmo que houvesse um Conselho de Ministros a marcar o início da campanha”.

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