Defendendo ser uma lista que “corresponde, no momento presente, àquelas que são as necessidades”, Vasco Cordeiro, que falava à margem da entrega da lista de candidatos no Tribunal de Ponta Delgada, lembrou a importância de, face ao momento que se está a iniciar, quer no país como na Região, se ter, na Assembleia da República “quem seja capaz de ter a influência política e a capacidade de reivindicação”, mas que conheça, também, “aquilo que tem a ver com os assuntos que dizem respeito à Região”.
Quanto às reivindicações que os deputados do PS eleitos pelos Açores não vão deixar passar, o líder dos socialistas destacou matérias como “o espaço, o mar, as comunicações ou os serviços do Estado na Região”, para defender serem matérias nas quais “precisamos que se junte àquilo que o Governo do Partido Socialista, sob a liderança de António Costa, tem já feito e decidido em benefício dos Açores”.
Na ocasião, Vasco Cordeiro recordou que, por exemplo, e relativamente aos fundos comunitários, os Açores têm à sua disposição no período entre 2021 e 2027, praticamente o dobro daquilo que tiveram no período entre 2014 e 2020, defendendo que esta circunstância se deve a “negociações em que o próprio Governo da República, em que o próprio primeiro-ministro, esteve envolvido e decidiu a nosso favor”.
Nesse sentido, e considerando serem vários os assuntos que irão merecer a atenção dos deputados do PS eleitos pelos Açores, Vasco Cordeiro defendeu ser esta uma lista forte do ponto de vista político, “e que corresponde àquilo que os Açores e os açorianos, neste momento presente, na nossa avaliação, necessitam para que a nossa Região possa continuar a fazer um percurso que, naquilo que tem a ver com o Governo da República, tenha a total compreensão e decisões favoráveis”.
Francisco César assegura defesa intransigente dos Açores
Também o cabeça de lista do PS/Açores à Assembleia da República, Francisco César, assegurou que “os açorianos podem contar com a defesa intransigente da Região na Assembleia da República”, por parte dos deputados socialistas que vierem a ser eleitos.
“Importa defender os Açores no futuro, mas defender, também, agora, como já temos feito, por exemplo, com as tabelas de retenção de IRS e isenção, que nós defendemos e que o Governo Regional e da República ouviram a nossa pretensão, mas, como temos feito relativamente, também, àquilo que são os apoios do Governo da República às empresas no âmbito do salário mínimo e como estamos a fazer, também, na questão do Decreto-lei sobre o Espaço”, frisou.
Na ocasião, Francisco César alertou ainda para a escolha que os açorianos terão de fazer no próximo dia 30 de janeiro, relativamente ao próximo primeiro-ministro do país, sublinhando a importância de se escolher entre “um primeiro-ministro que já conhecemos, como António Costa, que nos conduziu durante esta crise e que tem um projeto de desenvolvimento para o país, inclusivo, que tem como objetivo o crescimento económico sem deixar ninguém para trás”, ou a insegurança de Rui Rio, “de um candidato a primeiro-ministro que tem feito o mote da sua ação, ser mais candidato a líder da oposição do que apresentar um projeto de desenvolvimento para o país”.
Nas próximas eleições legislativas, e conforme destacou, os açorianos serão ainda chamados a escolher se querem “um governo forte, do Partido Socialista, com um projeto conhecido”, ou um governo de direita, liderado pelo PSD e provavelmente com o CDS ou o Chega.