“Ao contrário de outras candidaturas, a de Fernando Medina não é uma candidatura para a preservação do líder do PS por interposta pessoa (…). O que se trata aqui é mesmo de Lisboa, e só Lisboa”, apontou António Costa.
Lisboa “não pode ser um espaço de aventuras”, disse o líder socialista, acrescentando que a capital do país “não pode ser um espaço simplesmente de afirmação de contabilização de jogos partidários. A cidade é um grande valor que o país tem”, afirmou.
O Secretário-geral socialista e antigo presidente do executivo municipal lisboeta destacou a evolução registada em Lisboa nos diversos domínios, desde de que o PS assumiu os destinos da autarquia, onde o trabalho realizado por Fernando Medina e pela sua equipa “fala por si”.
“A cidade de Lisboa mudou, e mudou para melhor; e os lisboetas reconhecem-no. Por isso, Fernando Medina merece o apoio do Partido Socialista e, sobretudo, merece ser eleito pelos lisboetas para presidente da Câmara Municipal de Lisboa”, adiantou.
Além do apoio dos militantes socialistas, a candidatura de Fernando Medina “tem o apoio de muitas pessoas que não são filiadas no Partido Socialista”, disse António Costa, apontando como exemplo o facto de Marisa (cantora) ser a mandatária da candidatura.
“Não podemos regressar à estagnação em que estávamos em 2007. Pelo contrário, temos de prosseguir o desenvolvimento. Ao contrário do que muita gente diz, o desenvolvimento de Lisboa não é só turismo, basta para tal verificar que, em termos líquidos, mais de um terço dos novos postos de trabalho, desde 2007, resultam de investimento direto estrangeiro”, referiu o líder do PS.
Construir o futuro de Lisboa
“O trabalho nos próximos anos vai ser muito exigente”, advertiu António Costa, desde logo devido à pandemia de Covid-19 e aos seus impactos económicos e sociais, salientando duas áreas chave de intervenção: habitação e transportes.
Em termos de investimento no setor da habitação, o líder socialista referiu que “temos finalmente recursos que antes não tínhamos, porque no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) cerca de 2.750 milhões de euros vão ser destinados à habitação”. “Esse investimento não é para ser executado pelo Estado. É para ser financiado pelo Estado e executado pelos municípios”, afirmou.
Neste quadro, defendeu, é essencial que a Câmara Municipal de Lisboa tenha um presidente “centrado com os que vivem na cidade e preocupado em construir o futuro da cidade”, como é o caso de Fernando Medina.
No domínio da mobilidade e transportes, António Costa lembrou que “se hoje temos um novo passe social, se hoje temos uma redução do preço dos passes, isso deve-se a uma proposta que o Fernando Medina, enquanto presidente da Área Metropolitana de Lisboa e o Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Área Metropolitana do Porto, fizeram ao Governo. O Governo aceitou, trabalhou com eles e foi possível implementar. Agora, temos um passe que nos permite viajar de Mafra até Setúbal por preço único”.
Conforme destacou o líder socialista, está previsto “um novo ciclo de investimentos”, no âmbito do qual “a prioridade é o desenvolvimento da rede de transportes”.
A sessão de apresentação da candidatura de Fernando Medina, que foi transmitida em direto através das redes sociais, contou com a presença de várias figuras do Partido Socialista e do Governo, nomeadamente a líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, e os ministros Pedro Siza Vieira e Mariana Vieira da Silva.