Lisboa discute estratégia global para preservação dos oceanos
“Tem de haver um compromisso político relativamente à importância que tem, [para] pensarmos globalmente estas matérias, apoiarmos a investigação e apoiarmos parcerias entre a investigação, a inovação e a indústria”, disse a governante, no primeiro dia do fórum internacional sobre oceanos “Oceans Meeting 2017”, uma iniciativa promovida pelo Governo português.
Ana Paula Vitorino sublinhou que o sector apresenta já “muito boas empresas a trabalhar e a produzir trabalhos de vanguarda e inovadores a nível mundial”, capazes de pensar “numa escala de inovação” e numa “economia do mar 4.0”, sendo necessário, como referiu, ganhar maior escala e “potenciar parcerias” internacionais.
“Queremos alargar para o resto do mundo e estes momentos são boas oportunidades”, reforçou.
Compromisso global
Portugal acolhe durante dois dias, hoje e sexta-feira, em Lisboa, o encontro “Oceans Meeting 2017”, onde os governantes de quase 60 países irão aprovar um compromisso global para a preservação dos oceanos.
Promotor da iniciativa pelo segundo ano consecutivo, o governo português reforça a importância estratégica que tem dedicada a esta matéria, assumindo uma posição de liderança junto da comunidade internacional para a mobilização de decisores políticos, comunidades científicas e empresariais.
Na edição deste ano está prevista a presença de 38 ministros e secretários de Estado de 59 países, assim como representantes de nove instituições internacionais, incluindo aa Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Comissão Europeia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a Organização Marítima Internacional e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“A grande adesão de participantes é o reconhecimento do empenho e da liderança que Portugal tem vindo a assumir em matéria do mar”, sublinhou Ana Paula Vitorino.
O encontro inclui uma cimeira ministerial, uma conferência internacional com investigadores, e sessões de contacto entre empresas para potenciar parcerias económicas.
Para além da declaração conjunta subscrita pelos países participantes, serão ainda assinados diversos protocolos de cooperação entre Portugal e outros países lusófonos, do Mediterrâneo e do Atlântico Norte para programas de investigação aplicada, limpeza do mar e de sustentabilidade da pesca.