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Linha de alta-velocidade é crucial para a eficiência da rede ferroviária

Linha de alta-velocidade é crucial para a eficiência da rede ferroviária

O deputado do PS Hugo Costa defendeu hoje que “Portugal não pode continuar sem a capacidade de decidir” sobre a linha de alta-velocidade, arriscando perder 730 milhões de euros em fundos comunitários, e sublinhou que o objetivo é fazer de Portugal um “país conectado, sustentável e competitivo na Europa”.

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Hugo Costa

O coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação alertou, durante a apresentação do projeto de resolução do PS sobre a linha de alta-velocidade Porto-Lisboa, que “o país não pode ficar parado”, já que estamos a “30 anos de atraso em relação a Espanha” neste tema.

Hugo Costa criticou a “cultura política – especialmente assente na nossa direita – onde decidir é um problema”, e deu o exemplo da localização do novo aeroporto de Lisboa, que anda a ser discutida há “mais de 50 anos e 13 localizações”.

Num ataque dirigido à bancada do PSD, o socialista comentou que os social-democratas “estão sempre disponíveis para colocar areia na engrenagem, nem que seja a propor um grupo de trabalho para avaliar uma comissão técnica independente”.

Ora, “desde novembro de 2015 que os governos do Partido Socialista têm colocado a ferrovia no centro do debate político”, sustentou o parlamentar, comentando que o Plano Ferrovia 2020 “coloca nervosismo no debate”, já que “os números desmentem aqueles que, por falta de melhores ideias, vivem do ataque pessoal”.

E avançou com alguns números: “No ano de 2023, o investimento em ferrovia foi de 670 milhões de euros, enquanto em 2015 – último ano do Governo PSD/CDS – o valor tinha sido de 96 milhões”.

“A nível de material circulante novo, foram adjudicadas as duas primeiras aquisições em mais de 20 anos: 22 automotoras elétricas bi-modo por 158 milhões de euros e 117 automotoras elétricas por 760 milhões de euros”, recordou.

Para Hugo Costa, “outros exemplos cruciais passaram por impedir o desmantelamento da EMEF, a sua fusão com a CP, a reabertura das oficinas de Guifões, ou as melhorias nas oficinas na cidade do Entroncamento”. “Tudo isto somando à redução tarifária dos passes sociais”, disse.

Alta-velocidade criará empregos especializados

O deputado do PS considerou que “a linha de alta-velocidade Porto-Lisboa se destaca como o investimento mais significativo e transformador, não apenas pela sua dimensão, mas também pelo impacto esperado na modernização e eficiência de toda a rede ferroviária e no sistema de transportes do país”.

De acordo com Hugo Costa, “este projeto não só vai reduzir drasticamente os tempos de viagem entre as duas maiores cidades de Portugal, mas também estimulará o crescimento económico, o turismo, a coesão regional e a criação de empregos especializados”.

No final da sua intervenção, o socialista avisou que “Portugal não pode continuar sem a capacidade de decidir” sobre a linha de alta-velocidade e defendeu que é “necessária a responsabilidade de todos, nomeadamente do maior partido da oposição”.

Tratando-se de um “tema de consensos”, é, pois, importante a declaração de voto favorável já tornada pública pelo PSD ao projeto de resolução do PS, vincou Hugo Costa.

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