Liliana Rodrigues escolhida para relatório sobre direitos humanos e democracia
Satisfeita com a nomeação, a deputada socialista afirmou que, à semelhança dos anos anteriores, “não se trata apenas de fazer um diagnóstico correto e imparcial do estado da democracia e dos direitos humanos no mundo, mas de apresentar e negociar medidas que tenham consequências na melhoria da qualidade de vida das pessoas”.
Liliana Rodrigues destaca algumas áreas prioritárias a ter em atenção, como o impacto das situações de conflito armado nas populações mais vulneráveis, o uso da violação como arma de guerra, a desigualdade de género que persiste em muitas regiões do mundo, a discriminação de pessoas LGBTI, o tratamento desumano a que muitos refugiados e requerentes de asilo estão sujeitos, o acesso a bens essenciais, o direito de todas as crianças a uma educação que lhes dê uma perspetiva de futuro, ou a defesa do Estado de Direito e da liberdade de expressão.
“São áreas em que estou habituada a trabalhar e tenho conseguido chegar a bons compromissos com os meus colegas de outros grupos partidários”, afirma Liliana Rodrigues.
Manifestando especial preocupação com a questão da liberdade de expressão, a parlamentar portuguesa destaca a informação constante do índice anual de liberdade de imprensa no mundo, elaborado pelos Repórteres sem Fronteiras e divulgado no início de maio, que “nos mostra uma subida do número de países com violações e abusos contra a imprensa livre, mesmo em território europeu, onde já encontramos alguns países a verem a sua situação ser classificada como problemática”.
“A liberdade de informação é essencial numa sociedade livre e democrática. É ela que permite a denúncia dos atentados contra todos os outros direitos. Sem visibilidade é como se não existissem”, faz questão de sublinhar.
Liliana Rodrigues referiu ainda o privilégio que é viver num país como Portugal, que, de acordo com o 2016 “Global Peace Index”, que analisou a segurança e a tranquilidade em 163 países, aparece classificado como o quinto país mais seguro do mundo.
“Infelizmente, milhões de pessoas nunca usufruíram da sensação de viver em liberdade e segurança. É isso que deve mover-nos e nos dá força para continuar”, conclui a deputada.
De acordo com este índice, à frente de Portugal estão a Nova Zelândia, a Áustria, a Dinamarca e a Islândia, este último país a ocupar o topo da lista pelo sexto ano consecutivo. A Síria aparece na última posição.