Para a ministra da Saúde, que falava ontem como oradora numa conferência dedicada ao sucesso do país no processo global de vacinação e no êxito alcançado por Portugal no combate à pandemia de Covid-19 e pelos elevados níveis de vacinação da população, méritos que a ministra fez questão de salientar não deverem ser por inteiro atribuídos ao Ministério da Saúde, mas principalmente, como salientou, ao “empenho e à confiança demonstrada pelos cidadãos” no plano nacional de vacinação, defendendo que o que importa agora é “não esquecer as lições aprendidas”, garantindo que a chave para a continuação deste sucesso terá de passar, em grande medida, “pela prevenção e pela continuação da monitorização diária da infeção” e também “pela sequenciação genómica do vírus e por controlar a eficácia das vacinas”.
Depois de lembrar que Portugal atingiu há dias os “86% de população vacinada” contra a Covid-19, uma das percentagens mais elevadas em todo o mundo, contexto que permitiu ao Governo, como assinalou a ministra Marta Temido, que tivesse entretanto subido para outro patamar, abrindo espaço para um outro sistema que “combina a vacina da gripe com a dose de reforço da Covid-19”, o que em nenhuma circunstância, como assinalou, dispensa a continuação da manutenção de um conjunto de medidas de precaução como o uso de máscara.
A ministra teve ainda ocasião de enaltecer o “trabalho fantástico” dos profissionais de saúde, manifestando-lhes uma “enorme gratidão” e um sentimento de “grande respeito”, garantindo que as suas carreiras profissionais têm e vão ser “preservadas e defendidas” porque “eles são a espinha dorsal dos cuidados de saúde pública”.
A titular da pasta da Saúde fez ainda uma referência à cooperação nacional e internacional, quer da Agência Europeia do Medicamento, quer do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, pelo trabalho que desenvolveram no combate à pandemia, frisando que estas organizações prestaram ajudas muito importantes e decisivas a Portugal logo no início do ano, no começo “complicado” da presidência rotativa portuguesa da União Europeia.
Manifestando grande apreço pelos profissionais de saúde que vieram trabalhar a Portugal na ajuda ao combate da pandemia, Marta Temido classificou esta iniciativa como um bom exemplo de solidariedade internacional, aspeto que esteve igualmente patente, como acrescentou, no envio de vacinas a partir de Portugal para outos países ao abrigo do sistema Covax.