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Líder do PS desafia Governo a fazer aumento permanente das pensões mais baixas

Líder do PS desafia Governo a fazer aumento permanente das pensões mais baixas

O Secretário-Geral do PS desafiou, este domingo, o primeiro-ministro a transformar o suplemento extraordinário aos pensionistas num aumento permanente para as pensões mais baixas, adiantando que a medida custaria tanto como a redução de um ponto do IRC.

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Comentando o anúncio de Luís Montenegro, que acenou, em véspera de eleições autárquicas, com a atribuição de um bónus extraordinário aos pensionistas, que poderia ser repetido a meio do próximo ano, José Luís Carneiro defendeu que o executivo de Luís Montenegro, em vez de medidas avulsas e com leitura eleitoralista, devia centrar-se em respostas permanentes e estruturais para reforçar as pensões mais baixas.

“O primeiro-ministro veio dizer, com ar cândido, que se tudo correr bem, agora vamos dar um complemento extraordinário para os idosos, que se dá agora e que se tira depois, como se sabe. Mas para que as pessoas não fiquem a pensar nisto, porque vão ter que votar nas eleições autárquicas, disse: ‘se no próximo ano as coisas correrem bem, nós poderemos de facto dar mais um complemento extraordinário para as pensões’, criticou.

Para o líder do PS, que falava em Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, se Luís Montenegro “está preocupado com os pensionistas que têm pensões mais baixas tem uma boa solução”. “É transformar esse complemento numa remuneração permanente daqueles que têm as pensões mais baixas”, desafiou.

José Luís Carneiro apresentou as contas para esta medida e disse que esse aumento permanente para pensões até 522 euros custaria 400 milhões de euros, o mesmo que representa a descida de cada ponto percentual de IRC.

“Aqui está a solução da receita se quiser garantir melhores pensões para as pensões mais baixas dos portugueses que vivem com tantas dificuldades no nosso país”, afirmou.

Redução do IRC para quem investe na inovação, em melhores salários e no interior

O Secretário-Geral socialista reforçou ainda que o PS é a favor redução do IRC, “mas não para todos e em iguais circunstâncias”.

“Nós somos a favor da redução do IRC para as empresas que investem na inovação tecnológica, que investem na recapitalização, que investem na melhoria dos salários e também que investem no interior”, reiterou.

Falando para os municípios do interior, de que é exemplo Torre de Moncorvo, José Luís Carneiro recordou a proposta que tinha já apresentado em matéria de IRC.

“Quando tivermos responsabilidades políticas governativas no país e novo, voltaremos a adotar um regime de IRC mais baixo para as empresas que se localizem no interior. Significa um IRC de 12,5% para todas as empresas que se localizem no interior e convém que saibam que não é nada de novo, porque no passado, quando António Guterres era primeiro-ministro, tivemos um IRC de 12,5% para todas as empresas que se localizavam no interior”, lembrou o Secretário-Geral do PS.

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