“Paixão pela nossa terra e pelas nossas populações, rigor na gestão e olhar sempre para o futuro”, acrescentou António Costa, sublinhando o papel central das autarquias para o momento que vive o país, tanto na resposta excecional que foi dada à pandemia, como para o esforço de superação da crise e de recuperação que irá agora arrancar.
“As autarquias foram nesta crise uma resposta fundamental pela sua proximidade, pela sua capacidade de agregar e coordenar vontades, e mobilizar recursos. E também vão ser essenciais agora, nesta saída da crise, porque ninguém melhor do que as autarquias vão poder agregar e mobilizar os centros de produção de conhecimento e as empresas”, afirmou.
Referindo-se depois a Leiria, o líder socialista defendeu que “esta região será, seguramente, uma região modelo” nesta mobilização, começando por lembrar que “dispõe, há muito, de uma instituição de ensino superior”, o Politécnico de Leiria, que “foi das primeiras a abrir-se ao mundo empresarial”.
Por outro lado, a região de Leiria, “do setor da agricultura à indústria e aos serviços, tem sabido modernizar e superar as crises mais difíceis que tem enfrentado”, sublinhou ainda António Costa, exemplificando com “a crise do vidro”, na Marinha Grande, que “hoje é um sucesso sempre na ponta da produção dos moldes e também nas novas tecnologias”.
“É assim em todo o sul do distrito, com a agricultura, é assim no litoral, com a excelência do turismo, surfando a onda do canhão da Nazaré, e não só. É assim no norte do distrito, onde tem também força a atividade industrial e também a atividade agrícola e florestal”, vincou.
Para António Costa, “este é um distrito de excelência que tem tudo para continuar a ser um dos grandes motores do crescimento económico” do país, considerando que a capital, Leiria, “é, necessariamente, a força agregadora de toda esta região”.
Razões que exigem “ter à frente do município quem tenha esta ambição de futuro, para com rigor e com paixão levar Leiria para a frente” e ajudar a modernizar a região e o país, acentuou, num elogio dirigido ao autarca e candidato socialista, Gonçalo Lopes.
Na sua intervenção, António Costa realçou também que a campanha para as próximas eleições autárquicas, marcadas para 26 de setembro, precisa de se “reinventar” para fazer chegar as propostas aos eleitores, de forma a superar as contingências e limitações impostas pela pandemia.
“Temos, também, de reinventar a nossa campanha como tivemos de reinventar a nossa forma de viver ao longo deste ano e meio”, apelou António Costa, lembrando que é desta forma que se poderá alcançar o objetivo de vencer a pandemia, a crise económica e o desemprego e relançar o país “bem mais rápido e mais além no objetivo de convergência com os países mais desenvolvidos da União Europeia”.
Gonçalo Lopes apresenta cinco compromissos por Leiria
O atual presidente da Câmara de Leiria e recandidato socialista à liderança da autarquia, Gonçalo Lopes, apresentou, por seu lado, os cinco compromissos prioritários que pretende assumir para o concelho.
“Resolver definitivamente o problema dos efluentes suinícolas e a requalificação da bacia do Lis”; “melhorar a mobilidade, com mais e melhor estacionamento periférico, transportes escolares e urbanos não poluentes e com horários atrativos, e mais ciclovias”; “atrair residentes ao concelho, com mais habitação, a preços controlados e renovada ou construída sob critérios de sustentabilidade”; “apoiar a instalação no concelho de empresas criadoras de emprego qualificado”; e “assumir a cultura e o desporto como fatores de coesão social”, são os cinco compromissos de governação para o próximo ciclo autárquico.
Gonçalo Lopes afirmou que as propostas políticas do PS para o concelho estão organizadas “em dois eixos fundamentais”: o primeiro, designado de ‘Futuro sustentável’, no qual se inserem a mobilidade, a habitação, o ambiente e a economia, enquanto o segundo eixo é a ‘Qualidade de vida’, em que se incluem a saúde, a qualificação, a cultura e o desporto, acrescentando que será ainda apresentado “um terceiro eixo, a que chamaremos instrumental e que é transversal a todos os setores”, valorizando assim o concelho “como um todo”.