Na sessão, que teve lugar no Teatro Thalia, em Lisboa, o líder do Governo do PS destacou que o plano de recuperação permitirá acelerar as metas de formação, reforçando como objetivos adicionais um acréscimo de 10 mil novos graduados em áreas de ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemática, e 23 mil participantes em qualificações curtas de nível superior.
António Costa apontou que os programas, agora lançados, representam três das características muito importantes do PRR: serão executados em rede e em parceria, no terreno, pelos diferentes agentes sociais; são extraordinários aos fundos comunitários correntes, designadamente ao Portugal 2020 e ao Portugal 2030; e, finalmente, destinam-se a uma transformação estrutural do país, com produção de resultados ao longo das próximas décadas.
Referindo-se às qualificações como “o maior défice estrutural do país”, o primeiro-ministro começou por lembrar que “nunca teríamos tido os níveis de ciência que temos hoje se não tivéssemos começado a investir seriamente na universalização do ensino”, tal como “nunca teríamos tido o nível de produtividade acrescida das empresas” e da sua internacionalização, “se não tivéssemos investido nessa capacidade de desenvolver o nosso sistema científico e tecnológico”.
“Hoje temos aqui a oportunidade de ir mais longe, de ir mais rápido nesta estratégia”, acrescentou.
O programa ‘Impulso Jovens STEAM’ visa promover e apoiar iniciativas orientadas exclusivamente para aumentar a graduação superior de jovens em áreas de ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemática, em consonância com as novas necessidades do mercado de trabalho. Já o ‘Impulso Adultos’, por sua vez, tem por objetivo reforçar e diversificar a formação pós-secundária, garantindo respetivamente a reconversão e atualização de competências através do desenvolvimento de soluções de qualificação flexíveis.
Os dois programas, lançados no âmbito do PRR, visam apoiar iniciativas a desenvolver por instituições de ensino superior (IES), em parceria ou consórcio com empresas, empregadores públicos e/ou privados, incluindo autarquias e entidades públicas locais, regionais e nacionais.
O primeiro-ministro referiu ainda, na ocasião, que já na terça-feira será lançado um programa com efeitos de curto prazo ao nível económico, em matéria de eficiência energética dos edifícios.