Miguel Costa Matos recordou, durante a apresentação do diploma do PS, que alarga o complemento de alojamento a estudantes deslocados não-bolseiros provenientes de agregados familiares de rendimento anual até ao sexto escalão de IRS, que o Governo do Partido Socialista tinha aumentado “este apoio de 125 euros por mês para 464 euros no caso de Lisboa e, no mínimo, 260 euros nos concelhos com alojamento mais barato”.
“A Juventude Socialista, em setembro do ano passado, apresentou aquilo que o Governo diz que amanhã quer apresentar: um plano de emergência para o alojamento estudantil, cuja primeira medida era o alargamento do acesso ao complemento de alojamento para os estudantes da classe média até ao sexto escalão de IRS”, lembrou.
Miguel Costa Matos vincou que “essa proposta fez o seu caminho” e vai ser votada “depois de o Partido Socialista a ter apresentado no seu programa eleitoral”. E notou que o Chega entregou “uma proposta muito semelhante na Assembleia da República já nesta legislatura”.
Por isso, defendeu que é “hora de o Chega e a Aliança Democrática dizerem ao que vêm, porque se defenderam propostas semelhantes no passado, se têm propostas semelhantes agora, então têm o dever moral de não deixar milhares de estudantes à espera e aprovar esta proposta do Partido Socialista”.
Dirigindo-se às bancadas da direita, o socialista asseverou que “o que está em causa não são vitórias partidárias, são mesmo os interesses dos estudantes”.
Com a proposta do PS, os jovens da classe média “poderão beneficiar como direito – e não porque precisam – de um apoio que vai entre os 260 e 456 euros para fazer face aos custos do alojamento na sua cidade”, já que o alojamento estudantil pode ser considerado como uma “segunda propina”, explicou.
De acordo com Miguel Costa Matos, também é isto que o Grupo Parlamentar do PS quer para o arrendamento jovem. E recordou que o Governo do PS expandiu o Porta 65, “que hoje já não deixa os jovens na dúvida; se são elegíveis, vão mesmo receber o apoio ao alojamento”.
“Agora o Governo promete uma coisa que o Partido Socialista já tinha feito” e comprometeu-se em continuar, que foi subir as rendas máximas ao abrigo deste programa, mencionou. Aqui, o também secretário-geral da Juventude Socialista perguntou ao Executivo de Luís Montenegro se “vai manter a garantia que o PS tinha colocado de que todos os jovens elegíveis vão mesmo receber” o apoio.
