José Sócrates traça meta para o pré-escolar

José Sócrates afirmou ontem,  na Fundação Cidade de Lisboa, que dentro de ano e meio a rede de pré-escolar portuguesa terá capacidade para acolher todas as crianças com cinco anos, depois de terem sido assinados 172 contratos para a construção de 299 salas de aula que abrangerão 13 mil crianças – investimento avaliado em 36 milhões de euros.

Na cerimónia estiveram presentes os ministros da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, assim como vários presidentes de câmaras, entre os quais António Costa, Isaltino Morais e Fernando Seara.

Na sua intervenção, Sócrates procurou sublinhar o seu objectivo de garantir a prazo a obrigatoriedade de frequência do pré-escolar aos cinco anos: “Portugal tem já uma cobertura acima dos 90 por cento para os cinco anos de idade, mas nos quatro e nos três anos esses indicadores estão ainda um pouco em baixo – e o Estado tem a obrigação de os melhorar”, apontou.

O primeiro-ministro centrou também o seu discurso no “dever do Estado” em termos de políticas de igualdade: “O pré-escolar, se é fundamental para uma boa educação e para um sistema educativo moderno, é acima de tudo um dos instrumentos de combate às desigualdades sociais. Se o Estado tem como objectivo dar boa educação a todos, se tem como objectivo a promoção da igualdade de oportunidades, então deve ter presente que o pré-escolar é uma condição essencial à concretização desses objectivos”, frisou.