José Sócrates disse,  em entrevista ao “Programa Dia D”, em simultâneo na SIC e SIC Notícias, que o objectivo do PS para as próximas eleições é fazer uma coligação com o país: “Eu tenho um objectivo e não devo comentar outros cenários que retirem força a esse objectivo”, afirmou, lembrando que já em 2004 se recusou a admitir outra hipótese que não fosse a maioria absoluta.

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“Os portugueses sabem que o PS e a maioria PS nunca abusou do poder que tinha”, frisou, reforçando que o principal objectivo dos socialistas é fazer “uma coligação com um país moderno, um país que quer andar para a frente”. Sobre a campanha das legislativas, José Sócrates diz que procurará dizer aos portugueses que nos quatro anos de Governo o PS tentou “acima de tudo preparar o país para o futuro”.

Na entrevista, Sócrates defendeu que a legitimidade do Governo “está intocável”, apesar da derrota nas europeias, considerando “um abuso” que alguns queiram transformar estas eleições em legislativas: “Isso é um abuso, é não respeitar a democracia. A nossa legitimidade está intocável”.

O secretário-geral socialista apontou dois factores que justificam o resultado do PS a 7 de Junho: “Houve um desgaste provocado pelo facto de termos tido de fazer muitas reformas em pouco tempo, o que gera tensões em alguns sectores da sociedade, que se somou depois à crise económica e financeira que não permitiu que os resultados destas reformas aparecessem com tanta evidência”.