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José Sócrates: “Ouvimos o líder do PSD invocar o patrocínio do FMI na apresentação da …

José Sócrates: “Ouvimos o líder do PSD invocar o patrocínio do FMI na apresentação da …

O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje “extraordinário” que o líder do PSD invoque “como argumento eleitoral o facto de ter apoio lá fora” e não no país.

“Ouvimos o líder do PSD invocar o patrocínio do FMI na apresentação da sua liderança. Coisa extraordinária. Eu não me recordo nunca de ver um líder político exibir como certificado de competência o FMI, o Banco Central Europeu ou a Comissão Europeia (…) ou invocado como argumento eleitoral o facto de ter apoio lá fora e não aqui”, disse, num almoço comício nos arredores de Torres Vedras.
Na sua intervenção, Sócrates voltou a acusar Pedro Passos Coelho de, com as suas declarações, ter denunciado a sua intenção de pretender “aproveitar a crise e a presença da ´troika´ para cumprir as suas ambições ideológicas”.
“Ele revelou com clareza a vontade que sempre teve que a 'troika' entrasse em Portugal. Quando há muitos meses andava a dizer que estava pronto a governar com o FMI (…) o que ele queria dizer era exactamente isto: é que para aplicar o seu programa eleitoral o PSD empurrou o país para uma crise política e para a ajuda externa, prejudicando os interesses nacionais apenas para ter o apoio do FMI (…) na esperança de ver vertido no programa os seus pontos de vista”, sublinhou.
O líder socialista perguntou ainda, a propósito do mesmo tema: “Quando o líder do PSD diz que devemos ir além do programa da troika o que eu me pergunto é de que lado é que ele está. Estará do lado da 'troika' ou estará do lado de Portugal? Porque nós negociámos um programa, umas medidas. Ir além dessas medidas de austeridade, ir além desses sacrifícios é pedir ao país algo que o país não precisa de dar”.