home

José Sócrates: “O PS não desiste daquilo que é a sua visão para a modernização do país”

José Sócrates: “O PS não desiste daquilo que é a sua visão para a modernização do país”

O Secretário- Geral do Partido Socialista, José Sócrates, participou, no passado dia 23, nos Congressos das Federações de Vila Real e do Porto, onde reiterou que o Orçamento do Estado (OE) para 2011, “defende” e “abriga” o país da “turbulência” e das “tempestades financeiras”.

Ver vídeo Congresso de Vila Real…

Ver vídeo Congresso do Porto…

Em Vila Real José Sócrates, salientou que estas medidas são difíceis, “mas que pretende colocar Portugal fora da crise da dívida soberana. É um orçamento que exige coragem, decisão, vontade, energia, mas este é o momento para que todos aqueles que ocupam lugares de responsabilidade respondam também perante o futuro do país”, sublinhou.
Num discurso em que repetiu várias vezes as palavras “confiança” e “responsabilidade”, José Sócrates recorreu à história do partido para referir que o PS não teme tomar as medidas necessárias para ultrapassar os problemas, dando como exemplo o antigo primeiro ministro Mário Soares.
“Dar o nosso melhor para tomarmos as medidas e conduzirmos o país a um final de 2011 em que esteja protegido dessa crise financeira internacional e em que vejamos assegurado o financiamento da nossa economia”, sublinhou.
Considerou ainda ser de uma “desonestidade intelectual total” falar dos problemas portugueses como “se eles se pudessem autonomizar da grave crise financeira e internacional e económica” que se vive há dois anos e que é a pior dos últimos 80 anos.
Relativamente à revisão constitucional, José Sócrates classificou como “absolutamente lamentável” que esses projetos “não disfarcem uma tentativa da desforra da direita para com o Estado Social”.
“O que o projeto de lei de revisão constitucional da direita política em Portugal espelha é a desforra que pretende obter do Estado tendo como pano de fundo ou desculpa a crise internacional”, salientou.
Já no Congresso da Federação do Porto, o secretário-geral do Partido Socialista, advertiu a direita de que não conseguirá aproveitar a crise “para atacar o Estado”, sublinhando que PS o manter-se-á firme na “garantia de serviços públicos” na educação e saúde.
No discurso de encerramento, José Sócrates aproveitou para deixar “uma mensagem simples à direita” em Portugal.
“Se querem aproveitar esta crise como pretexto para atacar o Estado e para realizar aquilo que foram sempre os seus intentos – umas vezes mais, outras vezes menos disfarçados – não conseguirão porque o Partido Socialista manter-se-á firme em que a Constituição deve manter, no caso da educação e da saúde, uma garantia de serviços públicos que assegure a igualdade”, afirmou.
O secretário-geral socialista disse ainda que a mobilização do PS “é muito importante” neste momento para que “assegure” uma “imagem” do partido aos portugueses.
“Aqui está um partido socialista que quer servir os portugueses, no qual os portugueses podem ter confiança, que tem responsabilidade, que não vira a cara às dificuldades e que nunca deixa de tomar as medidas que são necessárias para servir o interesse geral”, enfatizou.
Considerando que o orçamento apresentado “defende o crescimento e o emprego”, o secretário-geral do PS afirmou que estes sairiam ameaçados se nada se fizesse ou se nenhuma medida fosse tomada.
“A maior ameaça à economia portuguesa derivaria de não se fazer aquilo que é necessário fazer: pôr as contas públicas em ordem é o melhor contributo que nós podemos dar para a economia, para o emprego, para as empresas e para as famílias”, sublinhou.
Segundo Sócrates, o PS “é um partido de confiança”, no qual os portugueses “sabem que podem confiar”, já que está “preparado para responder às situações mais difíceis, venham elas de fora” ou de dentro.
“Mas é um partido também com responsabilidade, é um partido que faz aquilo que deve fazer, que não pensa nos seus interesses, que não faz cálculos, que não deixa o país nas incertezas e que toma as decisões em função daquilo que legitimamente considera ser o interesse geral”, enfatizou.
Sócrates avisou ainda que o PS não desiste daquilo que é a sua “visão para a modernização do país”, recordando que tem um princípio básico que é o da “luta pela igualdade de oportunidades”.