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José Sócrates: “O país tem uma obrigação de cumprir o programa que assinou …

José Sócrates: “O país tem uma obrigação de cumprir o programa que assinou …

O secretário-geral do PS advertiu hoje os eleitores que o PSD pretende ir mais longe do que o programa de austeridade da ‘troika’ e impor sacrifícios desnecessários aos portugueses, sobretudo através de cortes nos apoios do Estado.

José Sócrates falava após uma recepção em Caneças, depois de intervenções da presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador, e do cabeça de lista do PS por Lisboa, Ferro Rodrigues.
“O país tem uma obrigação de cumprir o programa [de ajustamento financeiro] que assinou internacionalmente, mas isso não esgota a governação, porque em todas as outras áreas há escolha a fazer. Aqueles que querem ir mais longe do que o programa da ‘troika’, esses estão a impor sacrifícios aos portugueses sem nenhuma razão para o fazem”, disse.
Depois, Sócrates procurou explicar a razão inerente a esta alegada via seguida pelo PSD.
“Fazem-no por mero radicalismo ideológico, por mera insensatez, porque não precisamos de privatizar a Caixa Geral de Depósitos, as Águas de Portugal, a RTP e, principalmente, o Serviço Nacional de Saúde, nem a escola pública, nem a segurança social, porque isso é colocar em causa as redes de proteção social do Estado, que são essenciais num momento como este”, declarou.
Na sua intervenção, Sócrates voltou a referir-se à sugestão de Pedro Passos Coelho de que a ‘troika’, no fundo, desejava uma mudança de Governo em Portugal.
“Ocorre-me dizer não apenas que a ‘troika’ não vota em Portugal, que quem escolhe os governos é o povo português, mas como é que uma liderança decide apresentar como um certificado de competência o apoio do Fundo Monetário Internacional ou da troika. Uma liderança que precisa de se apresentar perante os portugueses com tais apoios é uma liderança a que lhe falta apoio no povo”, considerou.