home

José Sócrates: “Nem me passa pela cabeça que o Orçamento não seja aprovado”

José Sócrates: “Nem me passa pela cabeça que o Orçamento não seja aprovado”

Em entrevista à RTP, José Sócrates afirmou acreditar na viabilização do Orçamento de Estado de 2011. O primeiro ministro disse não lhe passar pela cabeça a hipótese de o Orçamento para 2011 não ser aprovado.

Ver vídeo…

Em entrevista à RTP, José Sócrates afirmou acreditar na viabilização do Orçamento de Estado de 2011. O primeiro ministro disse não lhe passar pela cabeça a hipótese de o Orçamento para 2011 não ser aprovado.

José Sócrates adiantou ainda, que a evolução do salário mínimo tem de ser adaptada aos novos tempos de austeridade.

José Sócrates falava na residência oficial do primeiro ministro, em entrevista à RTP, dois dias depois de o Governo ter aprovado um pacote de medidas de austeridade para a redução do défice orçamental.

Interrogado sobre as condições políticas que o seu Governo minoritário tem no Parlamento para ver concretizadas as medidas de austeridade previstas para o próximo ano, o primeiro ministro optou por parafrasear o Presidente da República, Cavaco Silva.

“Nem me passa pela cabeça que o Orçamento não seja aprovado”, disse, advertindo depois o PSD que a sua posição de “incerteza” face à viabilização da proposta do executivo é “inimiga da confiança” externa na economia portuguesa.

Na entrevista à RTP, José Sócrates referiu que irá comunicar em primeiro mão aos parceiros sociais os escalões dos futuros cortes nos salários dos trabalhadores da administração pública, escusando-se a revelar a partir de que nível de rendimento essa redução poderá atingir o valor máximo de dez por cento.

José Sócrates também decidiu não quantificar para já qual o valor do salário mínimo em 2011, mas avisou que o acordo estabelecido com os parceiros sociais “tem de ser adaptado aos novos tempos”.

Durante a entrevista, o primeiro ministro mostrou-se “absolutamente confiante” que as medidas de austeridade tomadas na quarta feira, no último Conselho de Ministros, serão suficientes para que Portugal atinja no próximo ano um défice de 4,6 por cento, afastando, assim, o cenário de o executivo recorrer a um novo pacote de austeridade em 2011.

José Sócrates recusou também que as medidas saídas do último Conselho de Ministros sejam tardias e frisou que só decidiu tomá-las quando, em último recurso, se convenceu não lhe restar outra alternativa – situação que disse não se verificar em maio passado, no momento em que o executivo avançou com o PEC II.

“Se não tomarmos estas medidas, que são absolutamente indispensáveis, o financiamento da economia portuguesa estará em causa. Então isso sim: teremos uma crise económica gravíssima”, advertiu.