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José Sócrates: “Não há boa economia sem escola pública”

José Sócrates: “Não há boa economia sem escola pública”

José Sócrates marcou presença no Fórum “Educação, Educação Para Todos, + Escola Pública”, organizado pelos 33 signatários do Manifesto “Defesa da Escola Pública”. Centenas de pessoas passaram pelo Centro Congressos de Lisboa para ouvir os vários oradores a discursarem sobre a Escola Pública em Portugal.

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No seu discurso, José Sócrates disse que o PSD coloca em causa a “igualdade de oportunidades” ao pretender, com o seu projecto de revisão constitucional, que o Estado “financie as escolas privadas”, além do sistema público de educação.
“O que verdadeiramente querem é que haja um sistema dual na nossa sociedade, uma escola para os mais afortunados e outra para os outros. Isto coloca em causa a igualdade de oportunidades”, afirmou José Sócrates no encerramento de um fórum sobre educação, em Lisboa.
Para José Sócrates, o projecto de revisão constitucional apresentado pelos sociais democratas pretende que “o Estado não seja apenas responsável por financiar a escola pública, mas também por financiar as escolas privadas”.
O chefe de Governo sublinhou que, pelo contrário, o projecto de revisão constitucional apresentado pelo PS pretende ver consagrada na Lei Fundamental a obrigatoriedade do ensino durante 12 anos, universal e gratuito.
Sócrates fez o elogio do ensino público, em que defendeu que “não há boa economia sem escola pública”.
“Se há área onde temos o dever de investir o dinheiro dos contribuintes portugueses é na educação”, argumentou, tendo na plateia Isabel Alçada e Maria de Lurdes Rodrigues, entre outros.
José Sócrates abordou o tema do encerramento de escolas com menos de 21 alunos e a construção de 330 novos centros escolares nos últimos dois anos, considerando tratar-se de “uma das mais importantes iniciativas de cooperação entre o Estado e as autarquias”.
“Eu sei que é sempre doloroso para algumas localidades ver uma escola fechar, mas, se continuássemos com isso, condenaríamos mais uma geração ao insucesso escolar”, sustentou.
José Sócrates referiu-se à “esquerda conservadora” que se opôs às medidas levadas a cabo na educação nos últimos anos, como a “aposta” no ensino profissional.
Essa “esquerda conservadora”, afirmou, “acha que defender a escola pública é mantê-la tal como está”.
Para o primeiro ministro, “o dever do Estado evoluiu” e deixou de ser “dar educação a todos” para ser o de “dar uma boa educação a todos”, o que, disse, “exige que a escola pública progrida e se adapte”.
No Fórum Educação discursaram também, Isabel Alçada, Domingos Fernandes, professor Universitário, Luís Capucha, Presidente da Agência Nacional para a Qualificação, Sérgio Amorim, Director da Escola Secundária Gago Coutinho, Armandina Soares, Directora do Agrupamento de Escolas de Vialonga, Álvaro Santos, Director da Escola Secundária Joaquim Gomes Ferreira Alves, Rosária Alves, Directora Regional Adjunta da Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Carlos Pinto Fereira, Professor Universitário e Alessandro Azevedo, Porta- voz da Plataforma das Associações de Estudantes do Ensino Básico e Secundário.
Os temas abordados neste Fórum foram: Novas Oportunidades; A expansão e aumento dos cursos profissionais; Acção social escolar – apoio às famílias; Modernização e requalificação do parque escolar público; Plano Tecnológico da Educação.

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