José Sócrates: “Durante um ano e meio lutei para não termos ajuda externa”

O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou hoje o PSD de ter feito “guerrilha política ao Governo” para provocar ajuda externa, num dos gestos “mais irrefletidos, irresponsáveis e levianos que um partido algum dia tomou” no país.

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“Lamento que o líder do PSD não tenha feito outra coisa ao longo deste ano e meio senão fazer uma guerrilha política ao Governo para provocar a ajuda externa. E quando abriu uma crise política, quando deitou abaixo o Governo, ele sabia que íamos ser obrigados a pedir ajuda externa. Isso foi um dos gestos mais irrefletidos, mais irresponsáveis e mais levianos que um partido algum dia tomou no nosso país”, disse, num almoço-comício em Coruche.
Numa intervenção em que voltou ao tema em que se tem concentrado desde esta manhã – a sugestão feita pelo líder do PSD de que União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão a contar com a mudança de Governo em Portugal na sequência das legislativas de 5 de junho -, Sócrates acusou Pedro Passos Coelho de se “revelar” com esta declaração.
“Ao sugerir que tem o apoio da ´troika´ ele revela-se. Ele sempre quis esta ajuda externa. Ele sempre quis que o FMI entrasse em Portugal. Pois digo-vos, durante um ano e meio lutei para não termos ajuda externa (…). Quando mais precisávamos de diálogo e de convergência, o radicalismo e a irredutibilidade do PSD, o sectarismo do PSD deitou o Governo abaixo e obrigou o país a pedir ajuda externa e com isso prejudicou o país”, lamentou.
Sócrates defendeu, por isso, que o PSD “vai ter a resposta do povo no próximo dia 05 de junho”.