José Sócrates critica ausência do SNS nos programas eleitorais da direita
José Sócrates, afirmou ontem em Coimbra, num jantar da “Geração Activa” que “dá que pensar” que os programas políticos da “direita”, especialmente o do PSD, omitam qualquer referência ao Serviço Nacional de Saúde no seu programa político, o que será algo de “inédito”.
Segundo José Sócrates, “as únicas referências” no programa eleitoral social-democrata é a um “sistema concorrencial”. “Neste momento já há concorrência. As pessoas, se quiserem, podem ir ao privado, mas eu intuo que essa concorrência quer dizer que o Estado deva financiar o Serviço Nacional de Saúde e financiar ao mesmo tempo aqueles que decidem não ir ao Serviço Nacional de Saúde e ir ao privado”, defendeu.
Para o secretário-geral do PS, essa solução «não pode ser, porque significa desviar recursos do Serviço Nacional de Saúde para o privado, coisa que não compete ao Estado fazer». «É muito importante percebermos que neste momento em que estamos, o Estado deve virar todas as suas energias e todos os seus recursos para melhorar e para valorizar o Serviço Nacional de Saúde, que tem prestado tantos e tão relevantes serviços ao país», esclareceu.
Na sua intervenção, José Sócrates anunciou que, se voltar a ser primeiro-ministro, irá adoptar duas novas medidas de apoio social às famílias, uma delas na forma de bolsas de estudo para o ensino secundário, e uma outra para combater a pobreza. Depois das medidas para combater a pobreza entre os idosos, na legislatura que agora finda, é a vez de uma nova prestação social destinada às famílias trabalhadoras pobres.
Relativamente às medidas económicas do Partido Socialista, José Sócrates realçou ainda, a urgência de uma maior internacionalização das empresas, de modo que as exportações atinjam os 40 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).