José Sócrates afirma que a reforma educativa serve crescimento económico e justiça social
O secretário-geral do Partido Socialista, José Sócrates, afirmou, durante a sua intervenção na abertura do Fórum “Novas Fronteiras”, dedicado às políticas educativas, que não haverá crescimento efectivo da economia nem verdadeira justiça social, no contexto da actual sociedade do conhecimento, sem um bom sistema de ensino que garanta educação de qualidade para todos.
José Sócrates considerou que ao completar-se o terceiro ano do Fórum “Novas Fronteiras, “um movimento político sério”, é possível dizer-se que o Governo socialista criou “uma base social de apoio para um projecto político de centro-esquerda que não encontra concorrente nem alternativa”, assente na convicção de que a educação é uma questão estratégica e central para o desenvolvimento do País.
Recordando que em 2005 “apenas 30 por cento da população activa nacional tinha o secundário completo”, Sócrates lamentou a situação de “urgência educativa” que se vivia então e que, após as reformas levadas a cabo pelo Ministério da Educação, sob a liderança da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, começa a ser claramente superada.
O secretário-geral considerou que foi feito “aquilo que devíamos, a pensar nas nossas crianças e no futuro”, tornando possível que “hoje a escola pública está muito melhor do que há três anos atrás”. Esta melhoria fica a dever-se, no entender de José Sócrates, à actuação de um “Governo honesto” que agiu convicto e determinado na implementação de uma reforma educativa que servia verdadeiramente o interesse geral, visível na melhoria sustentada verificada na educação nos últimos três anos e nos bons resultados alcançados em todos os níveis de ensino.
O secretário-geral do PS abordou ainda as principais mudanças implementadas na reforma educativa, centrando-se nas novidades anunciadas para este ano lectivo, nomeadamente o alargamento da Acção Social Escolar, a transferência de competências para as autarquias e o arranque do plano Tecnológico para a Educação, frisando que o Estado fará o maior investimento de sempre no sector com a afectação de 400 milhões de euros.
Após o discurso de abertura de José Sócrates, seguiram-se intervenções de vários docentes, um jovem estudante e um dirigente empresarial da área das novas tecnologias, todas elas partilhando uma avaliação positiva das reformas educativas levadas a cabo pelo Executivo socialista.
A encerrar a sessão, o membro do Conselho Coordenador das “Novas Fronteiras, Vital Moreira, centrou a sua intervenção nas marcas e nos valores de esquerda republicana patentes num processo de reforma na educação que classificou como “revolução” e que disse ser um justo motivo de orgulho para o Governo do PS.