José Luís Carneiro sublinha papel das misericórdias no combate à pandemia e defende comemorações do 25 de Abril no Parlamento
O Secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, reuniu hoje pela manhã com o Presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, também presidente da União Mundial das Misericórdias, a quem transmitiu o agradecimento pelo trabalho incansável das misericórdias portuguesas, dirigentes, funcionários e colaboradores, no combate ao covid19.
“Se hoje temos a garantia de que há 35 mil idosos a serem apoiados nestas instituições e muitos milhares de cidadãs e cidadãos portadores de deficiência, crianças e jovens em risco, mulheres vítimas de violência doméstica a merecerem cuidados humanizados, isso deve-se ao esforço de milhares de funcionários, dirigentes e voluntários que dão um conteúdo concreto à solidariedade”, sublinhou.
Manuel Lemos considerou que as dificuldades que se sentiram foram muito residuais à escala nacional, que a falta de testes e de equipamentos de proteção individual está a ser ultrapassada e que os testes estão a ser realizados. Referiu ainda que a designação dos comissários regionais por parte do Governo foi positiva.
Esta reunião de trabalho seguiu-se a uma outra já ocorrida na passada semana com o Presidente da CNIS, Lino Maia.
À margem desta reunião, interpelado sobre a realização das comemorações do 2 de Abril, na Assembleia da República, José Luís Carneiro, afirmou: “A Liberdade, a Igualdade e a Justiça social são valores essenciais do 25 de Abril. Esses valores alicerçam a nossa Constituição e orientam as nossas vidas. Num momento tao difícil como o que vivemos, é na Assembleia da República, onde esses valores ganharam corpo constitucional, que deve ser comemorado o 25 de Abril e a ordem democrática que nos trouxe.”
O número 2 do Partido Socialista lembrou ainda que “muitos perderam a vida, outros foram presos e torturados, por uma única razão: para que Portugal viesse a viver em paz, liberdade e justiça”. José Luís Carneiro defendeu que “muitas outras formas de comemoração são importantes e devem ser promovidas, mas, depois do movimento popular, foi no Parlamento que a Lei fundamental nasceu”, acrescentando que é, como tal “lá que, como deputados, temos o dever de estar”.
Ressalvou, no entanto, que é fundamental cumprir as diretrizes das autoridades de saúde. “Devemos assinalar a data com um número reduzido de deputados e cumprindo todas as regras que as autoridades de saúde determinarem. Como tem acontecido nas sessões que se têm vindo a realizar durante a pandemia. O Parlamento funcionou durante todo o estado de emergência, com muito menos deputados. E é nesses termos que a sessão ocorrerá. O coração da democracia não pode parar”, afirmou o vice-presidente da bancada socialista, no Parlamento.