“Já pude falar com o meu camarada Pedro Nuno, saudando-o pela vitória e manifestando a minha e a nossa disponibilidade para trabalhar para o PS, e dessa forma para continuarmos a servir Portugal”, referiu José Luís Carneiro, numa declaração na sede nacional, em Lisboa.
“A partir de hoje somos todos socialistas, somos todos do grande partido da esquerda democrática e é com os nossos valores de sempre, da igualdade, liberdade e fraternidade, que queremos contribuir para servir o nosso país”, acrescentou.
Na sua declaração, José Luís Carneiro observou que a sua candidatura teve “um significado muito profundo”, também para as futuras gerações, ao afirmar que “não há inevitabilidades na vida democrática”, congratulando-se com o “notável resultado”, que não tendo sido maioritário na escolha dos socialista, “teve dos mais elevados resultados das candidaturas não ganhadoras que se desenvolveram até hoje”.
Reiterando a sua disponibilidade para servir o partido, o candidato apontou que “o PS tem que continuar a ser um partido aberto, plural e profundamente democrático”, capaz “de dialogar com toda a sociedade portuguesa” e de ser “o primeiro e mais importante baluarte da defesa dos valores democráticos e na defesa dos valores constitucionais”.
“Naturalmente, cabe à nova liderança do partido assegurar a unidade e assegurar a pluralidade estaremos sempre atentos e disponíveis para colaborar no reforço do PS como o grande partido da democracia portuguesa”, acrescentou.
José Luís Carneiro deixou ainda uma palavra de agradecimento ao primeiro-ministro e anterior Secretário-Geral do PS, António Costa.
“Não posso terminar a minha declaração sem uma palavra de sentido agradecimento de camaradagem e de profunda admiração ao Secretário-Geral e camarada António Costa. Ele deixa no partido e no país uma marca que nos honra a todos”, enalteceu.
O mais importante agora, disse, numa nota final, é que partido esteja unido “no mesmo objetivo de servir Portugal”.
Daniel Adrião realça “ideias que vão fazer o seu caminho”
Por seu lado, Daniel Adrião reconheceu que o resultado da sua candidatura ficou aquém do que desejava, mas salientou que algumas das ideias pelas quais se bateu “vão fazer o seu caminho”.
“Desde logo, quando lancei a minha candidatura, disse que o meu grande objetivo não era conquistar o maior número de votos, era precisamente congregar o maior número de vontades em nome de um projeto transformacional para o país”, referiu, em declarações junto da sede nacional, em Lisboa.
Ainda que não tenha havido, em sua opinião, pelo contexto específico em que se realizaram as eleições internas, a “oportunidade de fazer um debate mais alargado sobre as políticas para o país” e “um debate sobre também o modelo de organização e de funcionamento interno do PS”, Daniel Adrião manifestou-se convicto de que algumas ideias pelas quais se bateu nestas eleições “vão ficar para além desta disputa interna e vão fazer o seu caminho para além deste Congresso”.
“Eu bati-me sobretudo por ideias. Bati-me pela possibilidade de os militantes do PS poderem escolher os seus candidatos a deputados, bati-me pela possibilidade de os cidadãos poderem eleger diretamente os seus deputados. Essas são questões fundamentais e que, aliás, estão já a ser apropriadas pelo partido”, observou.