O Secretário-Geral socialista voltou a colocar o combate à crise da habitação no centro da agenda política nacional, propondo a construção modular como uma solução imediata, eficaz e economicamente sustentável para enfrentar as carências habitacionais em Portugal.
Durante a visita que realizou esta segunda-feira, ao Grupo DST, em Braga, uma referência nacional no setor da construção modular, o líder do PS exigiu uma resposta célere por parte do executivo chefiado por Luís Montenegro, apelando para que não se descurem medidas estruturais a médio e longo prazo.
“Estamos a falar de construções com toda a dignidade e com toda a segurança”, afirmou José Luís Carneiro, sublinhando que estas casas modulares, com cerca de 100 metros quadrados, podem ser colocadas no mercado por valores entre os 90 e os 100 mil euros — cerca de 900 euros por metro quadrado “um custo compatível com as possibilidades do Estado em articulação com as autarquias”.
Em tom assertivo, o Secretário-Geral desafiou o Governo de direita a abandonar o conforto dos gabinetes e a escutar diretamente empresas, instituições e cidadãos.
“Se há estas soluções, se elas fazem parte do conhecimento do país, fazem parte de empresas nacionais, que mobilizam a economia, o meu desafio é ao Governo para que saia dos seus gabinetes, saia do ar condicionado, venha ao terreno”, frisou, para de seguida sublinhar que a capacidade de resposta da construção modular é significativa.
“Num ano é possível colocar no mercado duas mil casas modulares, e, num prazo de quatro anos, entre 75 a 80 mil habitações”, explicou, defendendo que esta opção permite uma atuação eficaz face às demandas habitacionais mais prementes.