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José Luís Carneiro denuncia rutura entre Governo e país e garante rumo alternativo

José Luís Carneiro denuncia rutura entre Governo e país e garante rumo alternativo

O Secretário-Geral do Partido Socialista acusa o Governo da Aliança Democrática (AD) de estar “desalinhado com o país” e de ter cedido às prioridades da extrema-direita, traindo as promessas feitas aos portugueses.

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Num artigo de opinião publicado, este domingo, no jornal “Público”, José Luís Carneiro evidencia um panorama preocupante, reafirmando o compromisso do PS com os valores democráticos e sociais.

Ao traçar uma linha clara entre o projeto progressista que lidera e a deriva político-ideológica do atual Governo, o líder do PS aponta o caminho para uma alternativa com responsabilidade, diálogo e sentido de Estado.

José Luís Carneiro começa por evidenciar falhas graves em áreas estruturantes da vida do país, sublinhando que, ao fim de um ano e meio de governação, “há demasiadas coisas a correr mal”.

Num tom firme, responsabiliza o Governo pelo agravamento do problema da habitação.

Citando dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o líder socialista refere que o preço das casas em Portugal “subiu 16,3% no primeiro trimestre deste ano”, um aumento sem precedentes na União Europeia e que resulta, aponta, “de políticas desequilibradas”.

“Estimular em força a procura sem cuidar da oferta só poderia ter este desastroso resultado”, assinala o Secretário-Geral do PS, reiterando que a resposta do Governo para a crise na habitação tem sido “inexistente e incapaz de proteger as famílias”.

Saúde “em colapso”

Outro setor estruturante onde o executivo de Montenegro está a falhar é a saúde, com José Luís Carneiro a alertar para um cenário alarmante instalado num sistema sem resposta hospitalar.

O líder socialista refere-se mesmo a um “colapso” da saúde pública cada vez mais percetível, sublinhando a gravidade da situação nas urgências de obstetrícia e na emergência médica.

“Os serviços fecham, enquanto as grávidas andam de hospital em hospital à procura de um que lhes abra a porta”, escreve, atribuindo culpas ao executivo da AD pela desorganização do SNS, decorrente de mudanças forçadas nas administrações hospitalares e falhas na resposta às urgências médicas.

Quanto à economia, José Luís Carneiro sustenta que a promessa de crescimento de 2,4% anunciada pela Aliança Democrática liderada por Luís Montenegro não se concretizará.

“Já não há ninguém que acredite na meta do Governo […] nem o próprio Governo acredita nisso”, vinca, considerando a hipótese de Montenegro estar “à espera das férias para, finalmente, reconhecer que vai falhar a sua promessa decrescimento da economia”.

Alinhamento com a extrema-direita

Num dos pontos mais contundentes do artigo, o Secretário-Geral socialista acusa o executivo de ter cedido à narrativa e prioridades da extrema-direita, em particular nas questões da imigração.

A alteração apressada da lei da imigração é, lê-se, “uma perigosa concessão ao Chega”.

“O senhor primeiro-ministro resolveu fazer sua a prioridade maior da extrema-direita!”, avisa José Luís Carneiro, acrescentando que as medidas adotadas recentemente representam “um grave retrocesso civilizacional” e atentam contra a Constituição, os direitos humanos e a tradição de acolhimento do país.

“Há uma coisa que nunca fizemos, nem devemos fazer: dar aos imigrantes que nos procuram menos direitos do que aqueles que sempre exigimos, e bem, para os portugueses que vivem lá fora!”, reivindica o líder do PS que, sem deixar de reafirmar a disponibilidade do partido para o diálogo, deixa claro que os socialistas continuarão a ser uma oposição construtiva.

“Portugal precisa de uma visão, de um rumo, de uma estratégia. Este Governo já mostrou que não tem”, afirma, recordando que o PS “mostrou toda a abertura para ajudar a encontrar […] as melhores soluções para Portugal e para os portugueses”.

José Luís Carneiro termina o seu artigo de opinião com a garantia de uma oposição firme, consistente e propositiva, recusando medidas avulsas, desafiando o Governo a explicar aos eleitores a traição ao “não é não” de Montenegro e reforçando o papel dos socialistas como garante dos direitos e da coesão.

“O PS está pronto para liderar uma verdadeira alternativa, ao serviço das pessoas”, conclui.

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