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José Lello: “O que acho que um Presidente tem a fazer é apelar ao melhor que tem o país, …

José Lello: “O que acho que um Presidente tem a fazer é apelar ao melhor que tem o país, …

José Lello defendeu hoje que cabe ao Presidente da República exercer o seu “insubstituível poder de mediação e moderação” para mobilizar a “esperança e confiança” dos portugueses no atual momento difícil.

 

 

“Não vamos inventar poderes ao Presidente da República, mas há um poder que tem e que é insubstituível: de medição, de moderação, um poder da palavra. E a palavra bem exercida é a palavra de mobilização da esperança e da confiança”, sustentou Lello.
“O que acho que um Presidente tem a fazer é apelar ao melhor que tem o país, à esperança, à mobilização da confiança e das vontades para que possamos ultrapassar esta dificuldade”, acrescentou.
Confiante de que é ainda possível evitar eleições antecipadas, José Lello desvalorizou a polémica em torno do ‘timing’ da apresentação das novas medidas de austeridade pelo Governo.
“Estamos a privilegiar a forma em detrimento da substância. No passado sempre aconteceram circunstâncias semelhantes, aliás, em 2004, o Governo do PSD e CDS apresentou pura e simplesmente o PEC definitivamente a Bruxelas, sem passar nem pelo Presidente da República, nem pelo Parlamento, nem pelo povo português”, sustentou.
De acordo com o deputado do PS, “o que aconteceu foi que havia necessidade de apresentar as grandes linhas do PEC – que naturalmente terão que ser moldadas em relação ao que é o sentimento das diversas forças políticas – naquela oportunidade”.
Só assim, defendeu, era possível “conseguir apoio e respaldo por parte do Banco Central Europeu, da União Europeia e dos diversos países para se encontrar uma janela de oportunidade para que a economia portuguesa possa encontrar financiamento”.
 “O PSD, desde o início, andou à procura de um qualquer expediente para abrir uma crise política. Tiraram o tapete ao Governo do PS que, de uma forma difícil e complexa, conseguiu, pela primeira vez, encontrar um diploma assinado pelo Banco Central Europeu e pela União Europeia dizendo que confia que o Estado português não precisa de ter uma apoio exterior do FMI [Fundo Monetário Internacional]”, disse.
Segundo salientou, “toda a gente sabe que é preciso apresentar um PEC” e o PSD, enquanto “partido que aspira a ser Governo, não pode lançar umas atoardas sem apresentar propostas objetivas”.
Sustentando que “todas as entidades com responsabilidade e influência na sociedade portuguesa têm obrigação de alertar o país para a gravidade” da situação, José Lello afirmou que há “muita gente, de todos os partidos, muito preocupada”.
“Que essa euforia dos jovens turcos que apenas querem ter, amanhã, uns carros pretos oficiais e estão ansiosos para encontrar uma via de ascensão não esteja a matar o futuro de Portugal”, afirmou.