O presidente do PS/Açores e líder parlamentar socialista falava na abertura das jornadas parlamentares que arrancaram esta terça-feira, na ilha das Flores, as primeiras em 2023.
Vasco Cordeiro evidenciou que os Açores atravessam uma situação que “exige soluções e respostas rápidas e concretas para ajudar os açorianos”, salientando que o Governo Regional, da coligação de direita, “não tem dado provas, nestes dois anos, de estar à altura das circunstâncias”, com as suas sucessivas “faltas de respostas, atrasos, incapacidade de antever problemas e incapacidade de cumprir com aquilo a que se propõe”.
O líder socialista regional exemplificou, como resultado destas “incapacidades e indecisões”, a “baixa taxa de execução do Plano e Orçamento de 2022, que ronda os 60%, é das mais baixas da história recente da nossa Região”, com o facto do Hospital de Ponta Delgada e da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel estarem sem presidente do Conselho de Administração há cerca de dois meses e com o facto do Governo se encontrar ainda a analisar como é que vai cumprir uma resolução aprovada há meses no Parlamento dos Açores para a criação de um apoio extraordinário aos pescadores.
Vasco Cordeiro elencou duas questões “fundamentais e urgentes” que o Governo da coligação “não está a tratar com a diligência devida”, especificando ser o caso da “criação de medidas de apoio às famílias com crédito à habitação e a reformulação dos programas de habitação que atualmente existem”.
“Os programas de habitação foram criados por Governos Regionais suportados pelo PS e é o PS o primeiro a dizer que eles já não servem e que precisam de ser reformulados e adaptados para dar capacidade de resposta aos problemas e aos desafios que se vivem atualmente”, considerou.
O líder parlamentar considerou que, nos Açores, “temos um processo crescente de sobre endividamento das famílias, muito à conta da subida das taxas de juro do crédito à habitação”, defendendo o “reforço dos mecanismos que já existem, para ajudar as famílias nesta situação”.
Vasco Cordeiro defendeu, igualmente, a retoma de uma Rede Social de Apoio de Emergência para dar resposta aos “fenómenos de indigência e de necessidades que crescem, cada vez mais, nas áreas urbanas”.
“O PS está hoje aqui nas Flores, como tem estado ao longo do tempo: com a firme convicção que esta é uma ilha que tem condições de futuro, de desenvolvimento. Temos de ser portadores de esperança desta e de cada uma das outras ilhas da nossa Região. O PS não se fica pelo diagnóstico e apresenta respostas e soluções para os açorianos”, sublinhou.