“Foi um amigo querido e um companheiro de luta em tantos momentos decisivos para a vida do nosso país. Nunca poderei esquecer a forma como juntos trabalhámos noite e dia, em uníssono, para evitar uma terrível tragédia para os timorenses e permitir a independência de Timor-Leste. Foi uma figura central da democracia de Abril, lutador incansável contra a ditadura desde o seu tempo de estudante, militante ativo de todas as nobres causas e incomparável homem de Estado pela sua integridade, humanismo e permanente devoção pelo interesse nacional. Portugal perde um dos seus melhores. À Maria José e a todos os seus familiares, envio um abraço de profunda solidariedade e condolências”.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas
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“Jorge Sampaio deixa um duplo legado. Duplo porque feito de liberdade, mas também de igualdade, porque feito de inteligência, mas também de sensibilidade. Sempre lutando, mas com serenidade. Aquela serenidade que une a força das convicções ao respeito por cada um e por todos os demais, de bem com todos e todos de bem com ele. A corajosa serenidade de um grande senhor da nossa democracia, de um grande senhor da nossa pátria comum”
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
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“Morreu Jorge Sampaio, um amigo, um exemplo de vida, uma referência política. Uma personalidade excecional. Já muitos referiram as suas grandes qualidades pessoais e políticas. A grande cultura, o humor, o rigor, a coerência, o carisma, o gosto da tertúlia e o culto da amizade. Da sua longa vida política, destaco a surpreendente e corajosa candidatura à presidência da Câmara de Lisboa em 1989: sendo Secretário-geral do PS, foi apoiado pela primeira aliança formal entre PS e PCP. E em 1996, foi o candidato único de toda a esquerda à Presidência da República contra Cavaco Silva. Líder estudantil na ditadura, voz audível no período revolucionário e uma referência em democracia, Jorge Sampaio é credor da gratidão de muitas gerações. Jorge Luis Borges escreveu que “a vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade”. O legado de Jorge Sampaio vai perdurar muito para além das gerações que o conheceram e ser reconhecido pelas gerações vindouras”
Edite Estrela, vice-presidente da Assembleia da República
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“Partiu de entre nós uma das mais marcantes personalidades da vida pública nacional. Um exemplo de compromisso com uma vida cívica esclarecida. Pessoalmente, conheci-o, com o Paulo Pereira, na campanha eleitoral para a presidência da República. Era o seu mandatário José Teixeira de Sousa, que já nos tinha dado conta da sua ética e do seu humanismo. Entre tantas marcas que deixou no país e no mundo, recordo a intervenção que teve para valorizar um dos primeiros territórios educativos de intervenção prioritária e para garantir uma escola para todos”
José Luís Carneiro, Secretário-geral adjunto do Partido Socialista
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“Fica a imagem de um homem sem medo, de um humanista, de um homem de enorme sensibilidade e cultura, de um homem empenhado na defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Lisboa nunca mais foi a mesma. Foi líder parlamentar do Partido Socialista, demonstrando como é importante o Parlamento como exercício da pluralidade e da liberdade de expressão. E mais tarde, quando deixa de ser Presidente da República, não para e entrega-se à causa quer na Aliança das Civilizações, à necessidade das pontes, dos diálogos para ir ao encontro de uma paz social. Julgo que aquilo que devemos fazer é aquilo que Jorge Sampaio nos disse na homenagem que o Partido Socialista lhe fez em 2019: perante as adversidades, nunca, mas nunca desistir”
Ana Catarina Mendes, presidente do Grupo Parlamentar do PS
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“Tive a oportunidade de transformar aquilo que era uma relação de companheiro político numa relação institucional, da qual ficou uma grande admiração da minha parte por ele, sobretudo pelas suas características pessoais e por ser um homem de espírito. Se é possível identificar um traço político que sobressaia, destaco o seu profundo respeito às instituições democráticas”
José Sócrates, antigo primeiro-ministro e ex-Secretário-geral do PS
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“Recebi com tristeza a notícia da morte de Jorge Sampaio. Nesta hora, destaco o seu compromisso cívico e político, desde os tempos da sua juventude, pela liberdade, pela democracia e pela defesa dos direitos humanos. O seu percurso público é elucidativo das suas qualidades e da sua dimensão cívica, marcado pela sua personalidade sensível e dedicada”
António José Seguro, antigo Secretário-geral do PS
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“Foi um protagonista incontornável do Portugal democrático, como deputado, líder parlamentar, líder partidário, depois autarca, Presidente da República e gostaria de valorizar em particular o muito que deu à causa da cooperação internacional depois que saiu das funções de Presidente em Portugal. A sua vida ficará como uma referência cívica, moral e política para todos”
Augusto Santos Silva, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
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“Portugal e o Mundo perderam um grande jurista, um excelente advogado, um tribuno notável, perderam um grande estadista e um extraordinário humanista, era isso que Jorge Sampaio era, sobretudo, e foi por causas de direitos humanos que ele lutou até mesmo no final da sua vida”
Francisca Van Dunem, ministra da Justiça
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“Jorge Sampaio é um dos raros políticos portugueses que teve uma experiência e uma vida política muito relevante e diversificada.É uma pessoa que deixa saudades e é uma pessoa que não há no espaço público ninguém que o critique, é uma pessoa vista unanimemente como um cidadão que exerceu a sua vida cívica com grande integridade”
Alberto Arons de Carvalho, fundador do PS
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“A primeira coisa que tenho de manifestar é a minha tristeza pela morte de um amigo e também de um colega. Era um ‘gentleman’ e um político de grandes causas. A democracia está muito ligada também às batalhas de Mário Soares e de Jorge Sampaio”
António Campos, fundador do PS
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“Homem distinto, que tinha uma influência e uma capacidade de persuasão que ultrapassavam a área política em que se inscrevia. O seu desaparecimento significa também a ausência de alguém que, estando afastado dos cargos políticos, continuava a ter influência do ponto de vista de causas que lhe eram caras e que defendeu ao longo de toda a vida e sabia dar os sinais necessários à sociedade portuguesa”
Mário Mesquita, fundador do PS
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“Estivemos juntos nas lutas estudantis, estivemos juntos na luta antifascista e anticolonial, mesmo quando estava no exílio ele manteve sempre contacto com aqueles que estavam em Argel, em Paris, em vários pontos do mundo, participou, de uma maneira ou de outra, em todos os combates significativos pela democracia portuguesa antes do 25 de Abril, na luta contra a ditadura. Foi, depois, uma das principais figuras da consolidação da democracia portuguesa. Sabia construir pontes e tinha uma visão política moderna, assim como uma visão estratégica sobre a posição de Portugal no mundo”
Manuel Alegre, antigo vice-presidente da Assembleia da República
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“Tive o privilégio de ser convidado por ele para ser o seu número dois na lista conjunta com o Partido Comunista e que ganhou as eleições autárquicas de 1989. Teve a coragem de fazer esse entendimento à esquerda e teve a coragem de assumir a Câmara Municipal de Lisboa num quadro que foi difícil mas marcante para a cidade. Jorge Sampaio era um homem de debate, um homem muito culto, muito inteligente e era um homem que gostava muito do debate, do debate contraditório. Travava todos os combates que eram necessários e sempre com a maior desenvoltura e ao mesmo tempo com a maior elegância”
João Soares, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa
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“O Jorge Sampaio é uma grande figura da democracia portuguesa, um grande Presidente da República, um grande humanista, homem de cultura, um espírito tolerante, aberto, defensor da liberdade desde sempre, desde os seus tempos de estudante na resistência à ditadura salazarista. É uma perda irreparável para os portugueses, pela sua dimensão cívica, ética, de integridade. Um grande português, um grande democrata, um grande espírito livre, um grande defensor das liberdades, do humanismo e da solidariedade”
Alberto Martins, antigo presidente do Grupo Parlamentar do PS
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“Quero recordá-lo hoje sobretudo como um grande presidente da Câmara Municipal que Jorge Sampaio foi. Certamente um dos seus mais destacados presidentes de câmara. É do seu tempo a primeira carta estratégica de Lisboa, fazer de Lisboa a capital atlântica da Europa, mas acima de tudo o avanço profundo que foi dado no sentido de uma cidade mais digna e mais justa. É, pois, um dia de uma profunda tristeza da perda para o país, sobretudo para a cidade, de um homem bom, um homem de visão, um homem de coração, um homem que esteve sempre presente, que nos ajudou sempre a prosseguirmos o caminho da liberdade, da democracia, da justiça”
Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa
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“Perdi hoje um amigo que sempre respeitei e admirei. Apoiei o Dr. Jorge Sampaio nas suas caminhadas presidenciais, estivemos juntos em tantos e tantos momentos. Sintra perde um dos seus melhores”
Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra
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“É uma perda imensa para Portugal. Pelo seu percurso, por uma vida de serviço às causas da Democracia, Liberdade e Cidadania, o desaparecimento de Jorge Sampaio deixa o país mais pobre em exemplos e testemunhos de magistral exercício da política. Deixou-nos um camarada e amigo generoso, um homem que serviu o país com grande sentido do interesse público. Não deve ser esquecido seu contributo para a revisão da Constituição Portuguesa em 2004, que permitiu reforçar os poderes dos Parlamentos das Regiões Autónomas. Foi um amigo das Autonomias”
Vasco Cordeiro, presidente do PS/Açores
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“Uma perda inigualável para o nosso país, que vê partir um grande estadista que atuou sempre com coerência relativamente aos princípios em que acreditava.O nome de Jorge Sampaio ficará para sempre ligado à história democrática do nosso país e às causas sociais”
Paulo Cafôfo, presidente do PS/Madeira
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Jorge Sampaio desempenhou “um papel crucial na promoção dos direitos e da dignidade dos refugiados que chegam à Europa, e particularmente a Portugal, nomeadamente como resultado do conflito na Síria. Um homem de princípios, e um defensor convicto dos direitos humanos”
Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
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“Desolada com morte de Jorge Sampaio. Foi exemplo de civismo, integridade e coragem, desde os tempos das lutas estudantis até ao mais alto cargo da nação. Uma referência para gerações futuras, o seu nome ficará para sempre associado à democracia portuguesa. Profunda gratidão”
Elisa Ferreira, comissária europeia
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“Partiu um homem bom, culto, solidário. Um pilar da nossa democracia, um socialista convicto e um defensor do projeto europeu. Um grande Presidente da República e um lutador pela compreensão entre os povos”
Delegação do Partido Socialista no Parlamento Europeu
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“Tristes ao tomar conhecimento da morte do antigo Presidente de Portugal Jorge Sampaio, um defensor dos governos progressistas. 25 de Abril, sempre!”
PSE – Partido Socialista Europeu