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Jorge Sampaio realça PS como grande partido de discussão viva e abertura

Jorge Sampaio realça PS como grande partido de discussão viva e abertura

Estes são tempos de “nunca desistir porque está tudo em aberto”, defendeu o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, na sessão de homenagem pelos seus 80 anos, numa cerimónia muito concorrida que ontem teve lugar na Sede Nacional do PS, no Largo do Rato.

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Jorge Sampaio realça PS como grande partido de discussão viva e abertura

“Sinto-me aqui (na Sede Nacional) muito bem e sei que não tenho que justificar nada”, disse a certa altura na sua intervenção Jorge Sampaio, salientando ser “muito agradável estar aqui convosco”, numa casa, como admitiu, onde “com êxitos e insucessos, fui feliz”.

Na única vez que abordou o atual momento político, Jorge Sampaio sustentou, ironizando, que sendo o PS um partido com “vasto campo ideológico e aberto ao provir”, está a servir de modelo a muitos outros políticos fora do próprio Partido Socialista, que “agora andam todos a medir-se” e a reclamar a sua fidelidade à social-democracia.

“Sou daqueles que estão a adorar os debates na televisão. Despertaram algum interesse por aquilo que está em jogo e neles se discutiram coisas fundamentais”, referiu, a propósito das legislativas que se avizinham.

Para o também ex-Secretário-geral do PS (1989/1991) e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o PS, como grande partido nacional que é tem a “capacidade de ser uma entidade plural, com um vasto espaço ideológico”, onde existe uma “permanente construção e com uma abertura igualmente constante ao provir”.

Um partido, acrescentou ainda, onde existe um grande “espírito para a discussão viva e para a discordância”.

Salientando que hoje tudo se “joga ao mesmo tempo, na política, na economia e no social”, Jorge Sampaio manifestou, contudo, a certeza de que sem democracia e sem a “capacidade de perceber o outro” só muito dificilmente poderá haver disponibilidade.

Na política, como na vida, segundo Jorge Sampaio, a “grande lição é nunca desistir”, mas sempre a de encontrar maneira de “podermos estar a cair, mas descobrirmos que há uma história para trás”, uma história que, asseverou, “não se pode nunca confundir com narrativa, mas perceber que tudo está em aberto”, sendo esta, como referiu, a “grande complexidade dos nossos tempos”.