Em Santarém, na abertura da ‘Universidade Primavera’, iniciativa que decorreu no passado sábado promovida pelos socialistas da capital ribatejana, João Torres acusou o líder do maior partido da oposição de “faltar à verdade” e de ignorar deliberadamente todos os indicadores, tornados públicos por instituições nacionais e internacionais “de indiscutível credibilidade”, sobre o crescimento da economia portuguesa, mas também da justiça social e da igualdade.
Uma acusação que João Torres estendeu não só ao PSD e ao seu líder, mas igualmente a todos os partidos da oposição, que preferem carregar na tecla do “empobrecimento do país”, como salientou, quando a realidade é clara a aponta precisamente para um cenário inverso.
De acordo com o também deputado socialista, não se trata, contudo, apenas e só de uma “linguagem exagerada” ou de uma criatividade linguística da oposição. Designadamente, quando Luís Montenegro, como aludiu, considera que o Governo está a fazer do país “o carro vassoura da Europa”. Uma análise que João Torres contesta, considerando-a sem qualquer vínculo à realidade, insistindo que o crescimento da economia portuguesa não é uma imaginação propagandística do Governo do PS, mas algo que está provado e comprovado por várias instituições nacionais e internacionais e por todos os indicadores estatísticos.
Lembrou, a este propósito, os dados do crescimento económico do país em 2022 e as projeções tornadas públicas pelo Banco de Portugal, precisamente na véspera desta iniciativa que decorreu em Santarém, no auditório da Associação de Municípios do Vale do Tejo, projeções que, segundo o Secretário-Geral Adjunto, “atualizaram em alta o crescimento para 2023 em 2,7%”, frisando o Governo socialista que estes dados económicos colocam Portugal “no pódio e no pelotão da frente do crescimento”.
Não perder a ambição
Quem conhece o PS, e prefere não entrar em especulações ou análises distorcidas da realidade, sabe que o Governo socialista, em coerência, defendeu João Torres, “quer sempre mais e melhor” e “nunca perde a ambição”.
O que se lamenta, referiu ainda o dirigente socialista, é ouvir o líder do maior partido da oposição a usar sempre o mesmo discurso de que o Governo está a empobrecer o país, “quando é justamente das economias que mais cresce a nível europeu”. Algo que “nos deve levar a pensar sobre o tipo de estratégia” que o líder do PSD utiliza para transmitir mensagens políticas que “não correspondem à realidade”.