“Há uma mensagem que gostaria de transmitir ao PPD-PSD e em particular ao seu líder, o doutor Luís Montenegro: o Governo e o PS não precisam de se inspirar nas suas propostas para ajudar os portugueses”, defendeu João Torres.
Sublinhando que o aumento do salário mínimo nacional é uma medida de caráter “estrutural”, que prossegue o caminho de valorização dos rendimentos que tem sido seguido desde 2015, o dirigente socialista acentuou, depois, que o apoio extraordinário de 240 euros às famílias com maiores vulnerabilidades, somando-se a outras medidas já tomadas, reforça “o compromisso e a visão” do PS, de que “nos momentos difíceis é com solidariedade que devemos agir”, marcando também uma diferença clara para com as propostas do PSD.
“O PPD/PSD, desde a primeira hora, o que sugeriu foi a dinamização de um vale alimentar, um vale de supermercado”, observou João Torres, afirmando que esta é uma visão que o PS rejeita, pois “prossegue uma certa tradição mais bafienta da direita, que desconfia da forma como os cidadãos utilizam os seus rendimentos”.
O Secretário-Geral Adjunto acrescentou que “se o PS se inspirasse no PSD para prosseguir o apoio às famílias no país, o que estaria a fazer seria cortar salários e pensões, porque foi isso que a direita fez na crise da ‘troica’”.
“Nós não nos esquecemos, nem permitiremos que seja esquecida, a abordagem da direita a essa crise tão dura e tão difícil para os portugueses, em que a uma crise, as políticas públicas dinamizadas somaram uma crise social com consequências que todos nós conhecemos”, salientou João Torres.
“Felizmente para os portugueses, com o PS, não só se rejeita e se continuará a rejeitar austeridade, como não precisamos da inspiração de um dos momentos mais difíceis que atravessámos na nossa história recente”, concluiu o ‘número dois’ da direção socialista.