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João Ribeiro: “O Governo e a maioria não respeitam os portugueses”

João Ribeiro: “O Governo e a maioria não respeitam os portugueses”

Após a divulgação, ontem, por parte do Banco de Portugal, dos números sobre o endividamento das famílias, o secretário nacional João Ribeiro acusou o Governo e a maioria de não respeitarem nem apoiarem os portugueses.

“O PSD e o CDS suspenderam o grupo de trabalho que procurava aprovar medidas de apoio às famílias. Desde essa decisão unilateral do PSD e do CDS, mais de 1200 famílias ficaram sem condições de pagar a sua prestação e arriscam-se a ficar sem casa”, afirmou João Ribeiro.

O secretário nacional socialista estimou que, pelos números do Banco de Portugal, “até ao retomar das reuniões do grupo de trabalho, mais de quatro mil famílias podem ficar em dificuldade de pagar as prestações, correndo o risco de perder as suas casas”.

João Ribeiro considerou que “os últimos números demonstram o esforço significativo que os portugueses estão a fazer para pagar a prestação da sua casa”. Porém, acrescentou, “esse esforço tem sido insuficiente para evitar que mais de 700 mil portugueses se encontrem com dificuldades de cumprimento”.

“Esse esforço merece respeito e apoio. Mas o Governo e a maioria não respeitam nem apoiam os portugueses. Não defendem os portugueses”, acusou, acrescentando que “este é mais um exemplo de que os portugueses continuam a cumprir e o Governo e a maioria continuam a falhar”.

Lembrou que o PS apresentou propostas para ajudar as famílias a manterem as suas casas. Entre as propostas estão a mobilização sem penalização de planos poupança-reforma, planos poupança-educação para pagamento do crédito à habitação; a criação de regime excecional e transitório que permita a entrega da casa para regularizar o crédito, durante a duração do Programa de Assistência e em situações de desemprego ou de quebra significativa de rendimento; a criação de um Fundo de Garantia de Crédito à Habitação destinado ao financiamento de uma moratória para proteção da habitação própria e permanente, nos casos de desemprego de um ou mais membros do agregado familiar.

O PS propõe, ainda, a garantia que os bancos apenas podem avançar para a execução após o incumprimento de três prestações e a garantia que os ‘spreads’ não aumentam em caso de divórcio ou falecimento de um dos cônjuges.

“Por nós, as famílias portuguesas já teriam estas medidas à sua disposição. A maioria e o Governo não explicaram porque recuaram ou porque adiaram o grupo de trabalho. O que mudou?”, questionou.