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Jardim protagoniza o dia mais negro para a autonomia madeirense

Jardim protagoniza o dia mais negro para a autonomia madeirense

Victor_Freitas.jpgO dia em que Alberto João Jardim apresentou publicamente as medidas incluídas no plano de ajustamento financeiro negociado com o Executivo de direita ficará para a história da Região como “o mais negro para a autonomia”, disse o presidente do Partido Socialista da Madeira (PS-M), Victor Freitas, reagindo ao colossal grau de austeridade que será exigido aos madeirenses.

“Estou chocado e apreensivo, não podia ser de facto pior”, declarou Freitas numa conferência de Imprensa na qual frisou que “os madeirenses estão perante uma das maiores desgraças que aconteceu à Madeira e nada se compara com isto num passado recente”.

O líder do PS-M responsabilizou Jardim pela situação, vincando que este “foi somando dívidas atrás de dívidas, com investimentos irresponsáveis, com megalomanias que levaram a uma dívida colossal de seis mil milhões de euros”.

Segundo o dirigente regional, “hoje passaram aos madeirenses a factura para pagar esta dívida”, sublinhando que “a Madeira infelizmente não tem condições de pagar”.

Victor Freitas sublinhou que o cenário agora colocado demonstra que os Governos Regional e da República são “irresponsáveis”, argumentando que “ou não conhecem a realidade, a economia e poder de compra na Madeira, ou não percebem que estas medidas vão destruir a economia regional e lançar milhares de madeirenses no desemprego”.

Assim, teceu duras críticas ao presidente do Executivo madeirense, apontando que “é a única pessoa que não percebeu que não tem condições para continuar ænbsp; frente dos destinos da região”.

“Ele negociou estas medidas de austeridade e é um facto hoje que não tem condições para continuar à frente da presidência do Governo, uma vez que não teve credibilidade para levar estas negociações a bom termo”, argumentou Freitas, defendendo que “o caminho poderia ter sido outro” e o plano de resgate “mais benéfico” se o Governo madeirense tivesse considerado a possibilidade de criação de um “lobby regional”, sugerida pelos socialistas insulares.

E destacou que, com o plano de ajustamento divulgado, a Madeira “está confrontada com uma nova situação, vai entrar num novo ciclo de austeridade, de dificuldades e grandes problemas” a 1 de Janeiro de 2012.

Por isso, apelou aos madeirenses para que reflictam nas promessas eleitorais feitas por Jardim e não cumpridas, questionando-se “se querem continuar com este Governo Regional do PSD, sem autonomia e com um Governo da República que não é solidário”.