ISS AJUDOU 389 FAMÍLIAS A PAGAR BENS ESSENCIAIS
O Instituto de Segurança Social (ISS) anunciou, através de uma nota à imprensa, que os apoios para as despesas básicas abrangem um universo de 916 beneficiários “com carência económica, conjuntural ou não, para apoiar nos pagamentos mais prementes”.
O balanço efetuado pelo ISS sobre a atuação deste organismo no apoio às vitimas dos incêndios de 2017, revela que foram deferidos 713 processos de regime excecional e temporário de isenção, total ou parcial, do pagamento de contribuição à segurança social, no valor de cinco milhões de euros.
O ISS informa que a isenção de pagamento de contribuição foi prolongada por seis meses. A isenção concedida às pessoas afetadas pelos incêndios de junho de 2017 aplica-se às renumerações do período de fevereiro a julho de 2018, sendo que, as vitimas dos incêndios de outubro passado ficam desobrigadas da contribuição entre maio e outubro de 2018.
Segundo o ISS, foram abrangidos por esta medida extraordinária 4.520 trabalhadores por conta de outrem ou trabalhadores independentes.
Na mesma nota, a Segurança Social indica que, relativamente às 96 vitimas mortais, foram pagos reembolsos de despesas de funeral/subsídio por morte a 80, numa despesa total de 107.244 euros.
O ISS concedeu, ainda, pensões de sobrevivência aos familiares de 41 vítimas dos fogos, num valor de 11.448 euros.
Em termos de apoios para reparação dos prejuízos causados pelos incêndios de 2017, saliente-se que foram também pagos um total de 4,7 milhões de euros a cerca de 7.400 a pequenos agricultores, no âmbito do pagamento até 1.053 euros.
Equipa de crise com 291 técnicos
A Segurança Social criou uma equipa especializada para atuar em cenários de crise ou de exceção.
A iniciativa surge no âmbito de um protocolo de intervenção para cenários de emergência ou catástrofe desenvolvido pelo Instituto de Segurança Social (ISS), em colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O protocolo contempla instrumentos de planificação, organização e coordenação no quadro das ações de apoio social em fase de emergência.
A equipa criada conta com 291 técnicos devidamente capacitados que estão a partir de hoje em estado de prontidão permanente para responder a eventuais situações de catástrofe ou de necessidade.
Os elementos que integram a equipa estão preparados “para, numa situação de emergência, num momento para o outro, poderem intervir num cenário de exceção”, declarou a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.
Os profissionais tiveram formação especifica e, também, formação adequada “não só ao nível de intervenção, mas também em termos psicológicos” para saberem como “atuar em cenários de crise” e perante pessoas que possam estar vulneráveis ou mesmo em estado de choque”, mas também “para os próprios técnicos da Segurança Social saberem como reagir em cenários de crise”, informou a governante.
Cláudia Joaquim, referindo-se à razão do protocolo e da equipa criada, destacou que é importante “Aproveitar as experiências dos incêndios de junho e de outubro do ano passado e, também, aquilo que podem ter sido as boas práticas e as boas medidas que apoiaram as famílias naquele contexto”.