Investimento público na ferrovia rondará os 200 milhões em 2018
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, foi ontem à Covilhã, no distrito de Castelo Branco, presidir ao lançamento dos trabalhos de modernização do troço ferroviário da linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e a Guarda, um investimento que Pedro Marques definiu como de “enorme importância”, não só para o interior do país, como para o “fomento da “coesão territorial”.
Pedro Marques falava na estação ferroviária da Covilhã, onde ontem decorreu a cerimónia de lançamento dos trabalhos que incluem, para lá da modernização da linha da Beira Baixa, a construção da empreitada da ligação entre as linhas da Beira Baixa e da Beira Alta (Concordância das Beiras), garantindo o governante que o investimento ferroviário de “grande escala”, está em 2018, de “de regresso ao nosso país”, devendo manter-se “numa rota de crescimento nos anos seguintes”, podendo este ano atingir os cerca de 200 milhões de euros de investimento público.
Segundo anunciou o titular da pasta do Planeamento e das Infraestruturas, o investimento total no projeto de modernização deste troço entre as cidades da Covilhã e da Guarda, rondará os cerca de 77 milhões de euros, dos quais 52 milhões de euros dizem respeito integralmente “à obra física”, que quando estiver concluída, como salientou o ministro Pedro Marques, permitirá “reabrir um troço que estava inativo desde 2009”.
Depois de recordar que esta obra de melhoramento e modernização do troço ferroviário entre as duas cidades beirãs, faz parte do “projeto ferroviário do Corredor Norte”, cujas obras deverão estar concluídas até “ao final de 2019”, permitindo a ligação por ferrovia entre os distritos de Castelo Branco e da Guarda, Pedro Marques, lembrou que se trata de um investimento que “concretiza um compromisso assumido pelo Governo”, garantindo que o Executivo não se “lembrou do interior apenas depois dos incêndios do verão passado”, mas que a valorização das regiões de baixa densidade “já estava a decorrer”, como fica plenamente exemplificado, como sublinhou, “pela obra que aqui hoje estamos a lançar”.
Olhar para o interior do país
Aludindo à tese defendida desde o primeiro dia de Governo, Pedro Marques sustentou que o interior do país “não pode ser encarado como as traseiras do Litoral”, mas antes como o “centro do mercado e de acesso a 60 milhões de habitantes”, pelo que a aposta na ferrovia, defendeu, “é também mais uma peça deste desígnio”.
Investimento na região
Para o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, o socialista Vítor Pereira, anfitrião desta cerimónia, esta é uma obra que “já era esperada, mesmo antes deste troço ter sido encerrado”, mostrando-se satisfeito com o início das obras, alegando tratar-se de uma “mais-valia” para a região, um investimento, como salientou, que vai trazer grandes benefícios para o “movimento pendular diário” entre a Guarda, Covilhã e Castelo Branco, não só para os passageiros, mas também para as empresas locais, que “passam a dispor de uma alternativa mais rápida, mais segura e mais cómodas e amiga do ambiente”.
A obra de modernização deste troço ferroviário, como fez questão de referir o ministro Pedro Marques, para lá dos trabalhos de renovação integral de 36 dos 46 quilómetros, bem como da reabilitação de seis pontes centenárias, compreende ainda a remodelação de estações e apeadeiros, drenagem e estabilização de taludes, e a iluminação e automatização e supressão de passagens de nível.