Investimento no regadio é resposta adequada às alterações climáticas
O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, apresentou o ponto de situação das disponibilidades hídricas aos beneficiários do Perímetro de Rega de Alqueva e aos representantes dos regantes do sul do País.
A apresentação foi feita no Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva, que se reuniu em Beja e que analisou as perspetivas da campanha de rega de 2019, tendo também abordado a preparação do plano de contingência para situações de seca no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.
Capoulas Santos sublinhou a importância que o Governo atribui ao Programa Nacional de Regadios, já em execução, que prevê um investimento público global de 560 milhões de euros na primeira fase, que vai criar 100 mil novos hectares de regadio até 2023, entre novos regadios e reabilitação de regadios já existentes.
O Ministro referiu que o regadio é a resposta adequada às alterações climáticas, «que estão a transformar os fenómenos de seca numa verdadeira rotina com a qual os agricultores portugueses terão de aprender a conviver na sua atividade, que tanto depende da disponibilidade de água para ser bem-sucedida».
Disponibilidade de água
Relativamente às disponibilidades hídricas para 2019, Capoulas Santos disse que, «embora estejamos ainda longe de um cenário complicado, a verdade é que temos de começar a trabalhar na prevenção de situações que são cada vez mais frequentes», nomeadamente «aproveitando os instrumentos de planeamento que permitem racionalizar a utilização do recurso água».
Os aproveitamentos hidroagrícolas localizados a sul do rio Tejo até ao Algarve são os que estarão mais vulneráveis à seca, caso este ano haja chuva em níveis inferiores aos valores médios, como tem estado a acontecer até agora.
No cenário global das 39 albufeiras monitorizadas pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a campanha de rega continua assegurada em pleno em 28 albufeiras hidroagrícolas e parcialmente em 11 outras.
«Independentemente dos volumes úteis atualmente disponíveis, será sempre necessário realizar uma gestão criteriosa dos recursos hídricos, sendo esse o desafio mais exigente nos aproveitamentos com mais do que uma utilização principal», sublinhou o Ministro.