Investimento e emprego são a chave para revitalizar o interior
“Todos partilhamos do mesmo diagnóstico, de que temos um problema estrutural que tem a ver com a revitalização do interior. É fundamental apostar na revitalização do interior através da atração de investimento”, sustentou António Costa, que esteve reunido com cerca de 40 autarcas da região centro.
Na sua intervenção, antecedendo a reunião de trabalho, que contou também com a participação da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), António Costa sublinhou a importância da criação de emprego para fixar população no interior do país.
“Para revitalizar o interior há algo que é absolutamente essencial, o investimento que gera emprego, pois só onde há emprego se fixa população. Atrair-se população e só onde há população há territórios com vida”, sustentou, acrescentando que o esforço de revitalização do interior tem de ser feito em conjunto, mobilizando todos os municípios.
“O ótimo seria que houvesse tantos investimentos que pudessem cobrir todos os concelhos. Agora há uma coisa que temos como certa e segura: ou trabalhamos em conjunto e fazemos um esforço tendo em conta a valorização das oportunidades que existem para atrair o investimento ou esse investimento não virá”, advogou.
António Costa referiu-se depois, em particular, às três linhas de apoio às empresas da região, adotadas pelo Governo na sequência dos incêndios do último verão.
“A primeira linha visava repor a capacidade produtiva destruída. Nesse sentido, foi aberta uma linha de financiamento no valor de 100 milhões de euros e foi criada uma linha de crédito, contratada com a banca, no valor de mais 100 milhões de euros”, apontou.
Sobre a segunda linha de apoio, designada por RETER, o primeiro-ministro frisou que se destina a reajustar compromissos das empresas que estavam a ser apoiadas por fundos comunitários.
“A terceira dimensão passa por atrair novos investimentos para a revitalização de toda esta área”, destacou, aludindo ao programa ATRAIR, com uma dotação global de 100 milhões de euros, vocacionado para as dimensões de inovação e emprego.
“É uma linha cujo concurso foi hoje aberto e que está acessível para financiar novas empresas que se queiram vir a instalar neste território”, frisou.
Sobre o projeto-piloto da unidade de missão do interior para a zona do Pinhal Interior, o primeiro-ministro avançou que será aprovado no próximo Conselho de Ministros.
“Esse projeto-piloto prevê também a existência de um mecanismo de atração de investimento para os concelhos do Pinhal do Interior, no valor de 25 milhões de euros”, concluiu.