O concurso para a aquisição de 117 automotoras da CP, avaliado em 819 milhões de euros, foi lançado esta terça-feira, dia 14, sendo que “grande parte da produção” deverá ser “feita em Portugal”, anunciou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
Deste modo, o concurso terá forte “repercussão na indústria e no povo português”, referiu Pedro Nuno Santos durante a cerimónia de lançamento do concurso, que decorreu ontem no Parque Oficinal de Guifões, em Matosinhos.
“Queremos produção e fabrico em Portugal. Quem quiser cumprir as regras do caderno de encargos, será bem-vindo. E quem quiser produzir aqui, terá condições para criar não só para Portugal como para outras zonas do mundo”, adiantou.
Portugal assegura “todas as condições para que este espaço [Parque Oficinal de Guifões] possa ser um cluster de produção, desenvolvimento, investigação, inovação e formação na área ferroviária com um conjunto de trabalhadores qualificados, experientes, com grande capacidade de trabalho e de trabalho de qualidade, e com mão-de-obra competitiva e empresas competitivas”, afirmou Pedro Nuno Santos.
Como tal, para o governante, o concurso “não é um peso para os construtores virem para cá, é uma oportunidade”.
Considerando que boa parte do processo de fabricação será realizada no nosso país e envolverá empresas nacionais, o ministro sublinhou que “este concurso é um impulsionador para que Portugal venha a fazer parte do clube dos fabricantes de comboios na Europa”.
“Não temos de ter um comboio exclusivamente português, queremos é que as nossas indústrias se incorporem na cadeia de produção do setor ferroviário”, concluiu Pedro Nuno Santos.