Investidores olham Portugal com interesse e confiança
Segundo Manuel Caldeira Cabral, os agentes internacionais de investimento têm hoje informação mais aprofundada sobre a realidade económico-financeira do nosso país e é também por isso que o Governo trabalha no sentido de “colocar Portugal no mapa, transmitindo uma atitude aberta ao investimento e ao comércio”.
Caldeira Cabral disse também que “Portugal já não é encarado como país surpresa na economia” e que “a carga fiscal existente o país não é fator penalizador em termos de competitividade externa”.
“Quando os investidores têm de escolher entre Portugal e outras localizações, encontram um país com condições de operação muito interessantes e muito competitivo, que não fica atrás de outros em nada”, sustentou.
E referiu que o nosso é considerado como “um país que tem infraestruturas ao nível do melhor que há na Europa, com jovens muito qualificados e com custos de operação de facto mais baixos do que na maior parte das capitais europeias”.
Além disso, enfatizou o ministro, houve igualmente uma evolução muito apreciada no que respeita a simplificação e desburocratização, à boa consolidação das contas públicas, crescimento das importações, redução do desemprego e da pobreza.
Caldeira Cabral falou mesmo em “crescimento mais inclusivo” do país, apontando para o facto de líderes de opinião e investidores presentes em Davos manifestarem “uma atitude muito positiva sobre o caminho seguido por Portugal, assim como em relação ao seu potencial”, completou.
Vantagens portuguesas na economia digital
Quanto à expetativa de resultados económicos neste segundo ano de presença no Fórum Económico Mundial, o titular da pasta da Economia adiantou que houve já contactos com investidores de “setores muito interessantes, quer tradicionais ou institucionais – que olham para Portugal com muita confiança -, quer de setores tecnológicos, nomeadamente de software e plataformas”.
“Estes últimos estão a olhar para o que está a acontecer em Portugal no que respeita a ‘startups’ e à economia digital, alguns com a perspetiva de fazerem investimentos, outros de encontrarem parceiros tecnológicos portugueses”, adiantou, destacando as soluções tecnológicas “interessantes” e a mão de obra qualificada que o país oferece, como “um bom ponto para situar empresas tecnológicas”.